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Repórteres franceses detidos no Cairo são libertados
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Três jornalistas franceses que foram interrogados durante 15 horas com os olhos vendados depois de serem presos enquanto faziam uma reportagem perto de Alexandria foram libertados na madrugada desta sexta-feira, informaram a emissora privada TF1 e o jornal "Le Figaro".
"Depois de várias horas de prisão, finalmente foram libertados durante a noite", informou o "Le Figaro" em seu site.
O mesmo relato foi feito pela TF1 sobre dois jornalistas que tinham sido detidos na manhã de quinta-feira por homens vestidos de civis e levados a um lugar não determinado.
"Foram libertados durante a madrugada em um hotel onde havia outros jornalistas", afirmou à agência de notícias France Presse Catherine Nayl, diretora de informação do TF1.
"Estão bem fisicamente [...], mas passaram por 15 horas de interrogatórios, a maioria do tempo com os olhos vendados", completou, antes de indicar que os jornalistas não sabem onde estiveram detidos.
Outros três jornalistas do canal de informação France 24 tinham sido libertados na quinta-feira.
Diversos jornalistas estrangeiros que cobrem a rebelião popular que afeta o Egito há mais de dez dias foram alvo de agressões nos últimos dias por partidários do ditador egípcio, Hosni Mubarak, e foram detidos pelas forças de segurança.
Marco Longari/AFP | ||
Soldados egípcios ficam em guarda atrás de arame farpado em dia de Marcha da Partida no Cairo |
BRASIL
Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, o Itamaraty criticou a detenção dos jornalistas brasileiros Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, e pediu que as autoridades egípcias tomem medidas para garantir as liberdades civis e integridade física da população e dos estrangeiros no país.
"O governo brasileiro deplora os confrontos violentos associados aos últimos desdobramentos da crise no Egito, em particular os atos de hostilidade à imprensa reportados ontem e hoje", acrescenta o comunicado.
A nota diz ainda que a Embaixada do Brasil no Cairo reiterou que "continuará prestando assistência a turistas e residentes brasileiros que se encontram no país".
Enviados para o Egito para a cobertura da crise no país, os dois jornalistas brasileiros foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos.
Outro brasileiro agredido nesta quinta-feira foi Luiz Antônio Araújo, enviado especial do jornal gaúcho "Zero Hora" ao Cairo.
Araújo foi atacado com chutes, pontapés e socos na manhã desta quarta-feira no centro do Cairo por cerca de 50 defensores do regime do ditador Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. Sem dinheiro, foi levado à Embaixada do Brasil no país onde recebeu ajuda e foi conduzido de volta ao hotel.
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