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07/02/2011 - 11h01

Presidente do Sudão diz aceitar independência do sul do país

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DA REUTERS, EM CARTUM

O ditador sudanês, Omar Hassan al Bashir, disse nesta segunda-feira que acatará a decisão de independência do sul do país, horas antes da divulgação do resultado final do referendo sobre o tema.

A votação de 9 de janeiro estava prevista em um acordo de 2005 que encerrou décadas de guerra civil entre o norte e o sul do país. O resultado final deve confirmar uma aprovação de 99% a favor da separação.

Mohamed Nureldin Abdallah /Reuters
O ditador do Sudão, Omar al Bashir, que disse aceitar independência do sul do país, decidida em referendo
O ditador do Sudão, Omar al Bashir, que disse aceitar independência do sul do país, decidida em referendo

"Hoje vamos anunciar diante do mundo todo nossa aceitação e respeito pela escolha do povo do sul", disse Bashir a seguidores em Cartum. "Os resultados finais do referendo são conhecidos, e são pela secessão. Vamos nos comprometer com o resultado final."

As declarações de Bashir devem aplacar temores de que o norte estaria relutante em permitir a independência do sul, uma região rica em petróleo.

A maior parte das reservas petrolíferas sudanesas fica no sul, mas a infraestrutura está no norte, o que obrigará a uma cooperação econômica entre os dois países e deve tornar um conflito armado prejudicial para ambos os lados.

Depois do anúncio oficial do resultado do referendo, governos de todo o mundo e entidades multilaterais como a União Africana e a ONU (Organização das Nações Unidas) devem reconhecer a independência do sul do Sudão, a qual deve ser formalizada em 9 de julho.

Bashir deixou claro que ninguém terá dupla nacionalidade (do norte e do sul), apesar de esse princípio estar permitido na Constituição --o que mostra a relação desconfortável que os dois países terão após a separação.

Ainda há disputas bilaterais a respeito da demarcação da fronteira --área na qual há grandes reservas de petróleo--, de concessão de cidadania, de divisão dos preciosos recursos hídricos do Nilo e das reservas de petróleo, e da posse da região de Abyei, reivindicada por ambas as partes.

 

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