Baixas temperaturas causam 23 mortes no México

O frio que atinge a região norte do México deixou 23 mortes nos últimos quatro dias, segundo informou a imprensa local. As principais causas das mortes foram hipotermia, intoxicação e incêndios provocados por calefação doméstica.

O Serviço Meteorológico Nacional afirmou que os termômetros chegaram a 21 graus negativos no Estado de Chihuahua, que declarou situação de emergência em 17 municípios. Outros Estados como Tamaulipas, Sonora e Sinaloa também foram atingidos pela frente fria.

Meteorologistas explicaram que as nevadas já terminaram, mas que os ventos frios de até 70 quilômetros por hora ainda continuam.

O diretor geral de Ecologia e Proteção Civil, Manuel de Santiago Moreno, informou que em Ciudad Juárez não se registrava tais temperaturas desde 1957. A cidade permanece praticamente paralisada e sem água nem eletricidade em algumas áreas.

Em uma coletiva de imprensa, a coordenadora de Proteção Civil do México, Laura Gurza, reconheceu que a onda de frio tem gerado irregularidades na geração de energia em 17 centrais, além da impossibilidade de garantir o abastecimento de água a algumas comunidades. A queda de eletricidade prejudicou ao menos 21 poços de água que deixaram cerca de 1,5 milhões de pessoas sem o serviço.

A frente fria também provocou o fechamento de escolas, aeroportos, bancos e estradas. Além disso, as nevascas causaram danos a cerca de 990 mil hectares de plantações de milho, feijão, entre outros, afetando a distribuição de alimentos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol) tem distribuído 415 mil cobertores para a população das comunidades mais vulneráveis. Há também a recomendação para que os cidadãos fiquem alertas para novos anúncios e que abriguem crianças e anciãos, principalmente durante a noite, e que evitem sair às ruas sem roupas adequadas.