Egito registra 297 mortes desde 28 de janeiro, diz ONG

Ao menos 297 pessoas morreram no Egito desde o dia 28 de janeiro em meio as revoltas populares e confrontos ocorridos no país, indicam dados divulgados nesta terça-feira pela organização humanitária Human Rights Watch (HRW).

A pesquisadora da HRW Heba Morayef afirmou que ao menos 232 pessoas morreram no Cairo, 52 na cidade de Alexandria e 13 em Suez, no leste do país.

Morayef alertou sobre a violência da Polícia durante as últimas duas semanas contra os manifestantes.

Em declarações à CNN a partir de Nova York, a diretora-executiva da HRW, Sarah Leah Whitson, revelou que o número era ainda preliminar e usava como base informações obtidas em fontes como hospitais e necrotérios.

	Dylan Martinez/Reuters
	Manifestante antigoverno faz sinal da vitória durante 15º dia de protesto na praça Tahrir, centro do Cairo

Há 15 dias, os egípcios vão às ruas para protestar contra o regime do ditador Hosni Mubarak, de 82 anos e no poder há mais de três décadas, em manifestações que em algumas ocasiões geraram confrontos em simpatizantes e críticos do regime.

Em 1º de fevereiro, a alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse estar "profundamente alarmada" pelo número de vítimas nos protestos, em comunicado desde Genebra.

"As vítimas foram aumentando diariamente, com informações não confirmadas que sugerem que até 300 pessoas poderiam ter morrido, que há mais de 3.000 feridos e centenas de detidos", assinalou Pillay.

Até o momento, não se sabe o número exato de vítimas no Egito desde o início dos protestos, no último dia 25, já que as autoridades não oficializaram os registros, apenas informaram que o número de feridos era de 5.000.