Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/02/2011 - 22h28

Ativistas de esquerda protestam em apoio ao Egito na Argentina

Publicidade

DA FRANCE PRESSE, EM BUENOS AIRES

Manifestantes de partidos de esquerda da Argentina caminharam nesta quarta-feira até a sede da embaixada do Egito em Buenos Aires, para expressar apoio aos protestos contra o governo de Hosni Mubarak, ditador que há 30 anos comanda o país árabe.

Convocados pelo Partido Operário, pela Esquerda Socialista e o Partido dos Trabalhadores pelo Socialismo, leram um manifesto diante da sede diplomática, fortemente protegida, no bairro de Belgrano, longe do centro da capital.

Os militantes repetiram palavras de ordem como "Fora Mubarak e todo o regime!", "Não à intervenção do imperialismo na região", "Basta de reprimir e assassinar os trabalhadores e o povo do Egito" e "Liberdade para os presos políticos".

MORTES

Ao menos quatro civis morreram nesta quarta-feira e outros 70 ficaram feridos --13 deles com gravidade-- em confrontos entre a polícia e manifestantes no sul do Egito, informou uma fonte dos serviços de segurança.

De acordo com a fonte, entre os feridos no confronto --ocorrido em frente à delegacia da localidade de Kharga Oasis, na província meridional de Wadi el Guedid-- há 20 policiais.

Os agentes teriam sido obrigados a disparar diante da violência dos manifestantes que protestavam contra o chefe da polícia por supostos maus-tratos.

Pedro Ugarte/AFP
Manifestantes contra governo vão às ruas contra ditador Hosni Mubarak; Exército pode intervir para evitar caos
Manifestantes contra governo vão às ruas contra ditador Hosni Mubarak; ao menos 4 morrem no sul do país

Testemunhas disseram à Efe que uma multidão se dirigiu à delegacia para protestar pela detenção de alguns jovens e que os policiais atiraram contra os manifestantes.

Também hoje, em Port Said, no nordeste do Egito, várias pessoas participaram da queima do carro do governador e rodearam a sede do governo provincial em uma manifestação pela demora na entrega das casas que as autoridades haviam prometido.

Além disso, trabalhadores do Canal de Suez, que une o mar Mediterrâneo ao mar Vermelho e pelo qual passam 2,5 milhões de barris de petróleo por dia, realizaram protestos nesta quarta-feira para pedir aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

Os incidentes fazem parte da revolta popular que vive o Egito, que até agora registrou incidentes no Cairo, Alexandria e Suez, contra o regime do ditador Hosni Mubarak, de 82 anos que está há quase 30 anos no poder.

Os egípcios ignoraram as advertências do regime sobre o risco de "caos" e cercaram, nesta quarta-feira, o Parlamento e a sede do governo, ao mesmo tempo em que chegam informes de incidentes no sul, que deixaram cinco mortos.

Yannis Behrakis/Reuters
Opositores rezam em frente a tanque militar na praça Tahrir, no Cairo; manifestantes ignoram advertência
Opositores rezam em frente a tanque militar na praça Tahrir, no Cairo; manifestantes ignoram advertência

Dezenas de milhares de pessoas voltaram a se concentrar na praça Tahrir, no Cairo, epicentro da ebulição político-social, que na véspera foi palco da maior concentração de duas semanas de mobilização.

Perto dali, centenas de manifestantes cercaram o Parlamento e a sede do governo, que ficam um em frente ao outro. Os dois prédios estavam protegidos por militares e veículos blindados, mas o conselho de ministros teve que ser celebrado em outro local.

"Viemos impedir a entrada dos membros do PND", Partido Nacional Democrata, de Mubarak, disse à AFP Mohamed Abdalah, de 25 anos, ao lado de outros jovens que gritavam palavras de ordem contra o chefe de Estado.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página