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11/02/2011 - 15h41

Vice dos EUA celebra "dia histórico" no Egito

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comemorou nesta sexta-feira o que chamou de um "dia histórico" no Egito, com a renúncia do ditador Hosni Mubarak, que governava com mãos de ferro desde 1981.

Biden afirmou que a saída de Mubarak deve ser um primeiro passo para construir a democracia no país e que a transição deve ser irresistível.

Na última quarta-feira, Biden aumentou o tom em conversas com seu colega egípcio, Omar Suleiman, exigindo o fim imediato do estado de emergência no país, em vigor há mais de 30 anos.

Suleiman anunciou a renúncia de Mubarak mais cedo, em um breve anúncio na TV estatal. Não há confirmação de onde Mubarak está neste momento, mas a imprensa afirma que ele foi ao resort de Sharm El Sheik.

O anúncio causou uma onda de celebração por Cairo, onde centenas de milhares estavam nas ruas para pressionar pela saída do ditador no 18º dia consecutivo de protestos.

A saída de Mubarak solidifica a crise no mundo árabe, sendo a segunda ditadura a ruir na região em menos de um mês. No dia 14 de janeiro, a Revolução Jasmim levou o ditador da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali, a abandonar o país, em meio ao movimento que se alastrou para outros países, causando protestos na Mauritânia, Argélia, Jordânia e Iêmen.

Após o anúncio, uma explosão de alegria tomou as ruas do Cairo. Centenas de milhares de egípcios agitaram bandeiras, choraram e se abraçaram em celebração. "O povo derrubou o regime", cantavam em coro.

A renúncia ocorre menos de 24 horas depois de fortes rumores de sua saída imediata do poder. Na noite de quinta-feira, Mubarak discursou à nação e disse que passava parte de seu poder a Suleiman, mas permaneceria até setembro --quando estão previstas eleições presidenciais. O discurso de 'fico' causou fúria nos manifestantes que marcharam em direção ao Palácio Presidencial aos gritos para que deixasse o poder.

Mubarak anunciara antes, em uma tentativa de acalmar os manifestantes, que não concorreria às eleições presidenciais de setembro próximo, mas alertou que ficaria no poder até lá para evitar o 'caos' no país. Ele mandou ainda seu vice, Omar Suleiman, negociar com a oposição --oferta que foi rejeitada. Os manifestantes exigiam que Mubarak deixasse o poder antes de iniciar qualquer diálogo.

 

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