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13/02/2011 - 09h35

Cuba liberta mais um prisioneiro político

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DA FRANCE PRESSE, EM HAVANA

O governo de Cuba libertou no sábado Angel Moya, marido de uma das líderes das Damas de Branco. Restam sete dos 52 que o governo cubano prometeu liberar em um diálogo histórico com a Igreja Católica.

Moya, 46, operário da construção civil, foi liberado mesmo com a recusa de deixar a detenção. O marido de Berta Soler exigia a libertação dos presos enfermos e liberdade incondicional.

Moya disse que foi "agredido" por oficiais dos serviços de segurança e recebido em casa, no bairro de Alamar (leste de Havana), por seguidores dos irmãos Fidel e Raúl Castro que gritaram "Abaixo os vende pátrias!" e "Lacaios do império".

ADALBERTO ROQUE/AFP
Prisoneiros Hector Maseda (esq.) e Angel Moya se cumprimentam depois de terem sido libertados
Prisoneiros Hector Maseda (esq.) e Angel Moya se cumprimentam depois de terem sido libertados

"Agora a luta continua, que não reste dúvida a ninguém, porque há um povo do qual durante 50 anos, o governo, agora encabeçado por Raúl, roubou a liberdade", declarou Moya.

Horas antes, Héctor Maseda, marido de Laura Pollán, a principal líder do movimento das Damas de Branco, também foi libertado. Condenado a 20 anos de prisão em 2003, o jornalista e engenheiro eletrônico de 59 anos foi levado à sua casa em Havana.

Maseda, ex-colaborador da ONG Repórteres Sem Fronteiras e de jornais como o francês "Le Monde" e os americanos "New Herald" e "New York Times", destacou que seguirá escrevendo e dirigindo seu partido liberal --considerado ilegal pelo governo--, que segundo ele tem "um projeto viável, com experiências do mundo livre e não das tiranias".

Ambos, que cumpriam 20 anos de prisão, são parte de um grupo de 75 dissidentes detidos e condenados em 2003, dos quais 52 ainda estavam na prisão, todos considerados "presos de consciência" pela Anistia Internacional.

A libertação dos 52 é resultado de um acordo de Raúl Castro com o cardeal Jaime Ortega em uma inédita reunião em maio 2010. Em julho do ano passado as libertações começaram, mas foram interrompidas em novembro com um grupo de 12 que não aceitou o exílio na Espanha.

No dia 4 de fevereiro, o processo foi reativado e agora são cinco --com Moya e Maseda-- os liberados que permanecem em Cuba. Quarenta viajaram para Madri.

Os dissidentes que não aceitam o exílio alegam que a licença extrapenal concedida significa que estão sob advertência e que a condenação não foi eliminada.

 

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