Junta militar birmanesa ameaça líder opositora Suu Kyi

A junta militar birmanesa ameaçou expressamente, pela primeira vez desde a libertação em novembro, a líder opositora Aung San Suu Kyi e o partido dela com uma "final trágico" caso mantenham o apoio às sanções ocidentais contra o regime.

Em um editorial do New Light of Myanmar, o jornal oficial de Mianmar, a Prêmio Nobel da Paz é muito criticada pelo comunicado sobre as sanções publicado na semana passada por seu partido, a dissolvida Liga Nacional para e Democracia (LND).

"Caso Suu Kyi e a LND continuem equivocados, ignorando que Mianmar avança para uma nova era, um novo sistema e novas plataformas políticas que abrem o caminho para a democracia, terão um final trágico", afirma o editorial.

Na semana passada, a LND publicou um comunicado no qual pedia negociações com os países ocidentais para a "obtenção de um acordo sobre quando, como e em quais circunstâncias as sanções poderiam ser alteradas".

Aung San Suu Kyi considera que a libertação de todos os presos políticos é uma condição indispensável para a anulação das sanções.