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18/02/2011 - 07h56

ONG denuncia 24 manifestantes mortos em protestos na Líbia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A organização Human Rights Watch (HRW), com sede em Nova York, afirmou nesta sexta-feira que as forças de segurança da Líbia já mataram pelo menos 24 manifestantes e feriram dezenas deles desde terça-feira, ao disparar diretamente contra a multidão que participa dos protestos pacíficos contra o regime do ditador Muammar Gaddafi.

"As autoridades deveriam parar de utilizar a força, a menos que seja absolutamente necessário, para proteger vidas, e abrir uma investigação independente sobre as mortes", indicou a HRW em um comunicado.

A nota acrescenta ainda que, "segundo várias testemunhas, as forças de segurança líbias dispararam e mataram manifestantes para dispersar as passeatas de protesto".

Na quinta-feira, centenas de manifestantes marcharam nas cidades de Benghazi, Al Bayda, Zentan, Rijban e Darnah. A agência de notícias Associated Press, baseando-se em informações fornecidas por sites da oposição, ativistas líbios residentes no exterior e ONGs de direitos humanos, afirmou que 20 pessoas morreram em 48 horas.

Sabri Elmhedwi/Efe
Simpatizantes do governo da Líbia protestam na capital Trípoli nesta quinta-feira; 24 morreram, segundo ONG
Simpatizantes do governo da Líbia protestam na capital Trípoli nesta quinta-feira; 24 morreram, segundo ONG

Um veículo de informação líbio e fontes médicas mantêm o balanço informado na quinta-feira: nove mortos.

A Irmandade Muçulmana da Líbia denuncia que as forças de segurança estão usando munição real contra os manifestantes.

Em meio aos protestos, o Ministério do Interior líbio destituiu um alto responsável pela segurança local após a morte de duas pessoas em manifestações contrárias ao governo em Al Bayda, cidade localizada 1.200 km a leste da capital do país, Trípoli.

Segundo o jornal "Quryna", que cita "fontes de segurança bem informadas", o ministério destituiu o coronel Hasan Kardaui, diretor da segurança de Al Jabal al Akhdar, capital da região, após a "morte de dois jovens" na noite da quarta-feira.

Gaddafi governa a Líbia desde 1969 e é o mais veterano líder africano. Agora o país começa a sentir os efeitos das revoltas que recentemente derrubaram ditaduras nos vizinhos Egito e Tunísia.

Na Líbia, o golpe militar que levou o coronel ao poder em 1969 é chamado de revolução.

Em Trípoli, não havia sinais de protestos contra o governo. Na rua Omar al Mokhtar, principal artéria da capital, o tráfego era normal. Bancos e lojas estavam abertos, e não havia reforço policial.

Sem citar os distúrbios, Gaddafi declarou numa entrevista divulgada na quarta-feira que "os revolucionários" --seus partidários-- irão prevalecer. "Abaixo os inimigos, abaixo em todo lugar; abaixo os fantoches em todo lugar, os fantoches estão caindo, as folhas do outono estão caindo", afirmou ele, segundo a BBC. "Os fantoches dos EUA, os fantoches do sionismo estão caindo."

EUA

Nesta quarta-feira, os Estados Unidos pediram que o regime do ditador Gaddafi, há 42 anos no poder, assim como os de outros países atingidos por protestos, atendam às demandas sociais.

"Os países da região têm o mesmo tipo de objetivos em termos demográficos, aspirações do povo e necessidade de reformas", disse em coletiva de imprensa o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip J. Crowley.

 

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