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20/02/2011 - 12h11

Forças afegãs e da Otan mataram 64, diz governador

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DA REUTERS

Operações conjuntas entre forças afegãs e tropas estrangeiras lideradas pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) mataram 64 civis na província de Kunar, a leste do país, nos últimos quatro dias, incluindo muitas mulheres e crianças, disse o governador da província.

"Eles foram mortos por ataques terrestres e aéreos em Ghazi Abaddistrict", afirmou à Reuters neste domingo Fazlullah Wahidi, governador da província de Kunar.

Wahidi disse que 20 dos mortos eram mulheres, 29 eram crianças ou adultos jovens com idades entre 7 e 20. Os demais 15 mortos eram homens adultos.

As mortes de civis em operações militares lideradas pela OTAN, frequentemente provocadas por ataques aéreos e incursões noturnas, têm sido há muito tempo fonte de atrito entre o governo afegão e seus parceiros ocidentais.

As forças da OTAN vêm endurecendo significativamente nos últimos dois anos as regras para ataques aéreos e incursões noturnas, levando a uma queda acentuada no número de baixas civis causadas por esses incidentes.

Erros ainda ocorrem, embora números da ONU (Organização das Nações Unidas) e de outros organismos mostrem que os insurgentes são responsáveis por pelo menos três quartos das vítimas civis em território afegão.

A Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança, na sigla em inglês) --órgão pertencente à Otan-- afirmou em comunicado que uma equipe vai investigar "denúncias de mortes de civis causadas pela Isaf" durante operações em Kunar. Segundo a Isaf, essas operações foram realizadas em uma área remota e acidentada.

O órgão da Otan disse que estava ciente dos comentários de Wahidi de que "as forças da coalizão mataram mais de 50 civis" e de que seus relatórios e o sistema de vídeo para armas mostraram que 36 insurgentes armados foram mortos.

"Nós levamos denúncias de vítimas civis muito a sério. Estamos realizando uma avaliação imediata de tais alegações e vamos relatar nossas descobertas", afirmou em comunicado o coronel do Exército norte-americano Patrick Hynes, que também é porta-voz sênior da Isaf.

 

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