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Oposição do Bahrein se reúne para acertar demandas
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DA REUTERS, EM MANAMA
Partidos de oposição do Bahrein se reuniram no domingo para discutir demandas que apresentarão aos governantes do país do golfo Pérsico, enquanto manifestantes protestavam em uma praça de Manama por mudanças políticas imediatas.
Os protestantes voltaram à praça Pérola no sábado, depois que o príncipe xeque Salman bin Hamad al-Khalifa ordenou que tropas e veículos armados deixassem o local e se ofereceu a liderar um diálogo nacional depois de dias de agitação que deixaram seis mortos.
A oposição demanda uma monarquia constitucional que dê um papel maior aos cidadãos em um governo diretamente eleito. Eles também exigem a libertação de presos políticos.
Ibrahim Mattar, parlamentar do principal partido de oposição Wefaq, disse que eles querem que o príncipe herdeiro mostre sinais de que atenderá suas demandas antes de iniciar qualquer diálogo formal.
"Estamos esperando por uma iniciativa dele, com um escopo para o diálogo", afirmou, acrescentando que o príncipe deve "mandar um pequeno sinal de que ele está disposto a ter uma monarquia constitucional".
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que Washington condena qualquer tentativa de forças de segurança do Bahrein de conter protestos pacíficos.
"Fomos bem claros desde o início que não queremos ver nenhuma violência. Nós deploramos isso. Achamos que é absolutamente inaceitável", afirmou Clinton à rede de televisão ABC.
"Nós queremos muito ver os direitos humanos protegidos, incluindo o direito de se reunir, o direito de se expressar, e nós queremos ver reformas", afirmou Clinton.
Os muçulmanos xiitas representam 70% da população do Bahrein, mas são uma minoria no parlamento de 40 assentos por conta de um processo eleitoral que eles dizem que os prejudicam.
Isso, aliado a uma discriminação sistêmica, os deixa de fora dos processos de tomada de decisão, de empregos públicos e de habitação, argumentam.
"Todos os partidos políticos no país merecem uma voz na mesa", afirmou o príncipe herdeiro Salman à CNN, acrescentando que o rei o responsabilizou por liderar conversações e construir confiança com todos os lados.
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