Cameron é primeiro líder a visitar Egito após revoltas

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chegou nesta segunda-feira ao Cairo e se tornou a primeira personalidade internacional que viajou ao Egito após a renúncia do ditador Hosni Mubarak, no último dia 11, que cedeu a 18 dias seguidos de revolta popular contra seu regime, que já durava 30 anos.

A agência oficial de notícias Mena informou que Cameron foi recebido no aeroporto do Cairo pela ministra de Comércio e Indústria, Samiha Fawzi, que --segundo a imprensa-- deixará seu posto na remodelação governamental que será anunciada nas próximas horas.

"É uma grande oportunidade para nós, para conversamos com os que governam o Egito, para garantir que se trata verdadeiramente de uma autêntica transição de um poder militar a um poder civil, e ver o que países amigos como o Reino Unido e outros da Europa podem fazer para ajudar", declarou Cameron no avião que o levou ao Cairo.

A visita do primeiro-ministro do Reino Unido precede a que será feita nesta terça-feira pela responsável pela política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

Fontes da Chancelaria egípcia confirmaram a chegada de Cameron, mas não deram detalhes sobre as reuniões das quais ele participará na capital do país nem por quanto tempo sua estada será prolongada.

Segundo a Mena, a visita de Cameron buscar rever a política de proximidade com os países do sul do Mediterrâneo e as medidas necessárias para apoiar uma transição democráticas nessas nações.

Em Londres, foi informado nesta segunda-feira que Cameron iniciou no Cairo um giro de visitas que depois o levará ao Kuait, Omã e Catar.

Antes de sair do Reino Unido, Cameron se referiu à crise pela qual passa a Líbia e qualificou como "inaceitável, contraproducente e equivocada" a repressão por parte das forças de segurança às manifestações populares no país.

	Tim Ireland/AP
	Cameron (à esq.) encontra ministro da Defesa e líder do Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito