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28/02/2011 - 10h10

Berlusconi volta a ser julgado na Itália por fraude tributária

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Recomeçou nesta segunda-feira o julgamento em que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, é acusado de fraude tributária. Trata-se do primeiro de um total de três processos que serão retomados contra ele depois de a Justiça italiana ter suspendido sua imunidade penal.

Berlusconi não estava presente para o reinício do processo, relacionado à aquisição de direitos televisivos para a emissora Mediaset, que pertence a ele, que deve passar os próximos meses envolvido em problemas com a Justiça e se diz vítima de uma perseguição política de juízes esquerdistas.

Olivier Morin/AFP
Promotor italiano Fabio De Pasquale fala durante abertura de julgamento por fraude tributária envolvendo Berlusconi
Promotor italiano Fabio De Pasquale fala durante abertura de julgamento por fraude tributária envolvendo Berlusconi

O primeiro-ministro e outros executivos da Mediaset são acusados de superfaturar a compra de direitos televisivos via companhias com sede no exterior, para criar um caixa dois.

Após procedimentos iniciais, o julgamento foi adiado até 11 de abril. O advogado de Berlusconi, Niccolo Ghedini, afirmou que o primeiro-ministro pode "provavelmente" participar da próxima audiência.

Em um evento político em Milão enquanto a audiência estava quase terminando, Berlusconi não fez nenhuma referência direta ao julgamento, mas repetiu uma já muitas vezes repetida crítica de que ele tem passado por mais julgamentos "do que qualquer um na história do universo".

O processo em Milão foi na prática suspenso durante um ano, mas está sendo retomado porque a Corte Constitucional retirou a imunidade do primeiro-ministro.

Dois outros julgamentos devem ser retomados no começo de março, e um outro processo, relacionado às acusações de ter contratado uma prostituta menor de idade e cometido abuso de poder para encobrir o caso, começa em 6 de abril.

Sob a lei italiana, o réu não é obrigado a comparecer ao tribunal, mas a maioria comparece.

Os julgamentos ocorrem em um momento delicado para o primeiro-ministro conservador de 74 anos, em que as acusações que pesam sobre ele e uma estagnada economia italiana estão afetando sua popularidade.

Em 13 de fevereiro, estimado 1 milhão de manifestantes --a maioria mulheres-- foram às ruas para pedir sua renúncia e, pela primeira vez desde seu retorno ao poder em 2008, algumas pesquisas de opinião mostraram a oposição de centro esquerda, que costuma ser fragmentada e dividida, liderando no caso de eleições antecipadas.

Mas, ao mesmo tempo, Berlusconi conseguiu diminuir o risco de convocar eleições antes da hora com o fortalecimento de sua maioria parlamentar, que havia sido reduzida após a ruptura, no ano passado, de seu então aliado e longa data Gianfranco Fini e seu partidários.

Tendo atraído de volta vários parlamentares do movimento separatista de Fini, o primeiro-ministro parece ter recuperado a vantagem, mesmo sendo por uma pequena margem.

No domingo, ele prometeu que governará até o fim de seu mandato, em 2013, dizendo que eleições antecipadas poderiam prejudicar os títulos do governo italiano e prometeu uma ampla reforma do Judiciário, que ele acusa de tentar tirá-lo do poder.

 

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