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02/03/2011 - 17h55

Argélia proíbe protestos marcados para sábado em duas cidades

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DA EFE, EM ARGEL

O governo da Argélia decidiu nesta quarta-feira proibir as manifestações convocadas pelo partido opositor Assembleia pela Cultura e Democracia (RCD) para reivindicar uma mudança de regime político do país, previstas para sábado na capital, Argel, e em Oran --segunda maior cidade do país.

O ministro de Interior argelino, Dahou Ould Kablia, assinalou que o protesto agendado para a capital do país não tinha sido autorizado por motivos de segurança pública.

"Há imperativos de segurança. As manifestações em Argel correm o risco de gerar desordem", declarou à imprensa o ministro, segundo quem esses "imperativos" se referem tanto à segurança dos próprios participantes quanto à proteção da cidade "contra toda ameaça terrorista".

O ministro afirmou que o que proibia protestos na capital não era o estado de exceção --cancelado no último dia 24 de fevereiro pelo presidente do país, Abdelaziz Bouteflika, após 19 anos de vigência--, mas outra disposição legal.

Segundo o governo argelino, as concentrações urbanas na capital não são permitidas desde um protesto de militantes berberes em junho de 2001, mas a oposição e vários meios de comunicação argelinos consideram que não existe nenhuma normativa legal ou governamental sobre essa proibição, e por isso a consideram anticonstitucional.

Kablia indicou que, nas demais províncias do país, as manifestações são permitidas desde que recebam autorização do governo local.

Essa é justamente a autorização que a convocação do RCD não obteve em Oran.

Os organizadores do protesto decidiram, no entanto, "continuar com sua luta" e consideram que a proibição "não atende a nenhuma lógica atual, já que o estado de exceção foi suspenso".

Nesta quarta-feira também foi impedida a habitual manifestação das famílias de desaparecidos, que se reúnem toda quarta-feira há anos em frente à sede da comissão estatal de proteção dos direitos humanos em Argel.

Esses familiares se concentram semanalmente para reivindicar "a verdade" sobre os desaparecimentos registrados na sangrenta década de 1990 no país.

 

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