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Oposição no Bahrein pede renúncia do governo antes de negociações
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os principais grupos de oposição no Bahrein exigiram nesta quinta-feira a renúncia do governo antes de participar o diálogo nacional oferecido pela monarquia após os protestos antirregime que estouraram no país em 14 de fevereiro.
A demanda foi feita por seis grupos opositores em uma carta dirigida ao príncipe herdeiro do Bahrein, Salman bin Hamad Al Khalifa, encarregado de realizar o diálogo com o objetivo de acabar com a tensão política no pequeno, mas rico reino.
Hasan Jamali/AP | ||
Líderes da oposição do Bahrein concedem entrevista coletiva para anunciar seus termos para negociar |
A carta --que foi assinada por opositores xiitas, esquerdistas e pan-árabes-- exige também a liberação dos presos políticos e que as autoridades garantam os direitos e a segurança dos manifestantes reunidos na praça Lulu, no centro da capital do país, Manama.
Mesmo assim, o texto --que foi distribuído entre os periodistas em uma coletiva de imprensa-- pede que uma comissão independente investigue e leve a julgamento os responsáveis pelas sete mortes de manifestantes pela repressão policial.
Ali Salman, secretário-geral do Al Wefaq, o principal partido opositor, disse que "o povo tem o direito de eleger seu governo".
"Esse é um compromisso que o governo do Bahrein fez no passado em virtude de acordos internacionais", afirmou Salman, cujo partido representa a comunidade xiita, que representa 70% da população.
Ele disse que, por esse motivo, a oposição faz um chamado internacional para "assegurar que o governo bareinita cumpra com o que se comprometeu".
Espera-se que a oposição realize amanhã uma nova manifestação para pedir a renúncia do governo.
O rei do Bahrein, Hamad bin Issa AL Khalifa, remodelou no último fim de semana seu governo e demitiu algumas das figuras mais controversas, dando novas funções a ministros que já faziam parte de seu gabinete.
O Bahrein é o primeiro Estado do golfo a ser atingido pelas revoltas no mundo árabe.
A revolta é altamente significante para Washington porque o Bahrein está no centro de sua estratégia militar para a região --a quinta frota naval americana está estacionada lá. Trata-se do principal contrapeso do Pentágono na região contra as ambições militares crescentes do Irã.
Ao mesmo tempo, a monarquia sunita do Bahrein está sob pressão da Arábia Saudita e de outros governantes do golfo para não ceder a manifestantes liderados por xiitas, temendo que isso possa criar mais apoio ao Irã.
Os xiitas representam 70% de um total de 525 mil habitantes do Bahrein, mas há muito reclamam de discriminação sistemática e outros abusos pela dinastia sunita que governa o país por mais de dois séculos.
Como ponto de partida de possíveis conversações, muitos manifestantes pediram para que a monarquia renuncie à maioria de seus poderes e privilégios a um Parlamento eleito.
Autoridades bareinitas têm oferecido negociações com grupos de oposição para tentar amenizar a crise, mas a oposição parece não estar com pressa de conversar com o príncipe xeque Salman bin Hamad al Khalifa, que foi designado pelo rei para liderar o diálogo.
Hasan Jamali/AP | ||
Manifestantes antirregime empunham bandeiras do Bahrein em cima de um caminhão na capital, Manama |
Sua principal demanda é a renúncia do governo que é responsável pelo banho de sangue da semana passada e que é liderado pelo mesmo primeiro-ministro --que é tio do rei-- por 40 anos.
Outras demandas incluem a abolição dos privilégios da monarquia em definir políticas e apontar todos os postos políticos principais, e responder às reclamações de que os xiitas são discriminados, mesmo representando 70% de um total de 525 mil cidadãos bareinitas.
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