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04/03/2011 - 11h10

Premiê tunisiano apoia pena de morte para ditador deposto

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro tunisiano, Beji Caid Essebsi, disse nesta sexta-feira que o ditador deposto Zine El Abidine Ben Ali merece ser punido com a pena de morte.

Em seu primeiro discurso à televisão, Essebsi disse que Ben Ali "cometeu erros que o tornam culpado de traição à nação, e penso que jamais um chefe de Estado abandona seu posto e foge, por isso que seu castigo deve ser a forca".

Ben Ali renunciou em 14 de janeiro passado, após intensos protestos populares que inspiraram uma onda de revoltas no mundo árabe. Deste então, a Tunísia enfrenta o desafio de construir uma democracia estável e apagar os 23 anos do regime ditatorial.

Essebsi afirmou ainda que a composição do novo governo de transição será anunciada no próximo domingo (5) e que será "sem a presença estrangeira", em referência à crítica da oposição de que diversos ex-ministros vieram da França, onde viviam.

Desde a renúncia, diversos ministros renunciaram --como os da Indústria, Aziz Chlabi; da Cooperação Internacional, Mohammed Nouri Yuini, e de Educação Superior, Ahmed Ibrahim.

As organizações patronais tunisianas já começaram a exigir movimentos claros ao governo que sirvam de mensagem para reativar a economia nacional, virtualmente paralisada desde a saída de Ben Ali.

"A prioridade do novo governo é restabelecer a segurança para que o país volte ao ritmo normal", disse Essebsi, que admitiu que "a segurança não é um assunto fácil de administrar, especialmente quando há lacunas e desequilíbrios".

Ao mesmo tempo, o chefe do executivo de transição tunisiano advertiu seus compatriotas de que a tarefa a frente "é longa e complexa" e não será resolvida em dias, semanas ou meses.

Além disso, Essebsi acrescentou que seu governo vai trabalhar também para investigar abusos de poder e disse "que os responsáveis serão julgados de acordo com a lei."

O primeiro-ministro fez também uma referência em seu discurso para o problema do desemprego na Tunísia e em particular os 150 mil universitários formados que não encontram trabalho.

 

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