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Obama diz que seguidores de Gaddafi responderão por violência
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente americano, Barack Obama, advertiu nesta segunda-feira aos seguidores do ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, que eles responderão por seus atos e pelo uso da violência contra os rebeldes no país. O presidente reconheceu ainda a opção de uma intervenção militar ainda está sob análise.
"Quero dizer àqueles próximos [a Gaddafi] que depende deles tomar a decisão sobre como querem agir daqui por diante", assinalou Obama na Casa Branca, onde se reuniu com a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard. "Terão de prestar contas por qualquer ato de violência que ocorrer".
Obama disse ainda que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deve se reunir em Bruxelas para discutir uma reação à violência na Líbia, incluindo incursões militares.
"Enquanto isso, temos a Otan, com quem falamos, que está consultando em Bruxelas o amplo leque de potenciais opções, incluindo potenciais ações militares, como resposta à violência que continua acontecendo na Líbia", explicou Obama.
Mais cedo, o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, exigiu uma transição rumo à democracia e advertiu que pode haver reação militar se Gaddafi continuar usando a força para conter a revolta popular.
"Se Gaddafi e suas forças militares continuarem atacando sistematicamente a população, não posso imaginar que a comunidade internacional fique somente olhando", disse Rasmussen, acrescentando: "Muita gente pelo mundo se verá tentada a dizer: "façamos algo para deter este massacre"".
Rasmussen ressaltou, contudo, que a aliança não tem prevista nenhuma ação militar e só agira se for solicitada e contar com um mandato apropriado da ONU (Organização das Nações Unidas).
"A Otan não tem intenção de intervir, mas como organização de segurança nossa obrigação é fazer um planejamento prudente para qualquer eventualidade", explicou Rasmussen em entrevista coletiva.
Os analistas da Otan estão elaborando planos sobre possíveis cenários da revolta --o que inclui uma intervenção militar. "Temos de estar prontos para agir rapidamente", afirmou Rasmussen.
Outra opção é aplicar uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, ideia que alguns países tentam levar adiante para impedir os bombardeios da Força Aérea leal a Gaddafi.
A Otan já realizou duas missões de exclusão aérea na década de 1990, uma durante a guerra da Bósnia-Herzegovina e outra no conflito do Kosovo.
Rasmussen afirmou que essa ação requer um "amplo leque de recursos militares" e lembrou que a resolução sobre a Líbia aprovada por enquanto pelo Conselho de Segurança da ONU não prevê o uso da força.
AJUDA
Obama disse ainda que autorizou uma ajuda extra de US$ 15 milhões para as operações humanitárias ligadas à crise na Líbia. O país já enviou US$ 10 milhões no mês passado.
O presidente americano não quis responder a uma pergunta sobre o impacto da crise do Oriente Médio sobre o preço do petróleo.
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