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Polícia prende 20 pessoas para evitar protestos em Angola
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Mais de 20 pessoas, entre elas três jornalistas, foram detidas nesta segunda-feira em Luanda numa tentativa da polícia de impedir as manifestações convocadas pela internet contra o regime do Movimento Popular de Liberação de Angola (MPLA), que governa o país desde a independência de Portugal, em 1975.
Os jornalistas Pedro Cardoso, Ana Margoso e Afonso Francisco, do semanário "Novo Jornal", foram detidos junto com outras pessoas que pretendiam protestam na praça da Independência, na capital angolana, contra o regime --liderado desde 1979 pelo presidente e líder do MPLA, José Eduardo dos Santos.
Pouco depois, segundo uma fonte da publicação, os jornalistas foram colocados em liberdade, mas não foi informado o que ocorreu com os outros detidos.
Salvo algumas páginas informativas na internet, os meios de comunicação locais não têm oferecido notícias sobre a convocação dos protestos no país.
As ruas de Luanda estiveram nesta segunda livres, sem os habituais congestionamentos de veículos, e com uma grande vigilância policial nas principais avenidas para impedir os protestos, convocados por meio da rede social Facebook.
As autoridades de Luanda haviam proibido a marcha, que seus organizadores denominaram "Revolução popular angolana", que toma como exemplo as revoltas populares na Tunísia e no Egito --que terminaram com a renúncia de seus ditadores-- que se espalharam a outros países do mundo árabe.
Desde a independência, Angola --que sofre 27 anos de guerra civil-- realizou apenas duas eleições parlamentares, em 1992 e 2008. As últimas foram vencidas pelo MPLA com 81% dos votos.
A eleição presidencial, que esperava-se ocorreria em 2010, desapareceu do calendário com a aprovação de uma Constituição segundo a qual o líder do principal partido --que no caso é o MPLA-- se converte automaticamente no chefe de Estado, que ainda tem maiores poderes na comparação com a Carta anterior.
Desde o fim da guerra civil de 2002 e a transformação da guerrilha União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) em partido político, o país tem conseguido exportar seu petróleo, com um crescimento econômico que em alguns anos superou os 20%.
No entanto, segundo organismos da ONU (Organização das Nações Unidas), o crescimento beneficiou a poucos e não é acompanhado de desenvolvimento e melhora das condições de vida da população, que segue em sua maioria abaixo da linha da pobreza.
A educação e a saúde em Angola seguem entre os níveis mais baixos da África e o país, que ocupou em 2010 o posto 146 de um total de 169 no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, tem um dos maiores índices de mortalidade infantil do mundo.
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