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08/03/2011 - 11h05

Tribunal adia julgamento de Jacques Chirac

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Tribunal Correcional de Paris adiou o julgamento penal aberto nesta segunda-feira contra o ex-presidente francês Jacques Chirac por criação de empregos fantasmas quando era prefeito de Paris (1977-1995), depois de aceitar um recurso de procedimento apresentado pela defesa.

O tribunal, presidido pelo juiz Dominique Pauthe, propôs como possível data para a retomada do processo o dia 20 de junho.

O adiamento do julgamento, aberto na segunda-feira sem a presença de Chirac, aconteceu depois que o Tribunal Correcional aceitou um recurso de procedimento que está vinculado à constitucionalidade de determinados textos que impediram a prescrição dos fatos.

Ian Langsdon-22.fev.11/Efe
Ex-presidente Jacques Chirac vai enfrentar julgamento por vagas fantasmas em troca de favores
Ex-presidente Jacques Chirac vai enfrentar julgamento por vagas fantasmas em troca de favores

Excepcionalmente, duas investigações diferentes foram combinadas em um único julgamento, ambas focando em acusações de que Chirac usou inapropriadamente o dinheiro da Prefeitura para favorecer seu partido. Chirac nega as acusações.

Um dos advogados de Chirac alega que uma das acusações foi feita há muito tempo e não pode mais ir a julgamento e que é inconstitucional juntar os dois casos em um único julgamento.

O ex-presidente Chirac (1995-2007), 78, é acusado de malversação de fundos, abuso de confiança e apoderamento ilícito de interesses por dois casos, que incluem 30 empregos fantasmas nos anos 90. Se condenado, ele pode ser sentenciado a dez anos de prisão e multa de até 150 mil euros.

Segundo a acusação, Chirac manteve cerca de 30 funcionários fantasmas, sete deles um 'favor' em benefício da União para a República, predecessor da governista União para Movimento Popular. Os cargos foram mantidos na folha de pagamento da Prefeitura entre 1990 e 1994, sem que nunca seus nomeados cumprissem efetivamente o trabalho.

Outras 21 vagas fantasmas foram mantidas entre outubro de 1992 e maio de 1995 pelo governo parisiense. Todas teriam como alvo as aspirações de Chirac de ocupar a Presidência, o que só conseguiu em 1995, após duas tentativas fracassadas.

Alguns acusados já foram julgados e condenados. Mas Chirac só pode ser indiciado em 2007, após 12 anos de imunidade penal durante seu mandato como presidente, de 1995 a 2007.

No período em que foi prefeito de Paris, Chirac também era presidente do antigo partido RPR, que se tornou o atual UMP, do governo. Em um acordo recente, o partido UMP reembolsou 2,2 milhões de euros à prefeitura de Paris, sendo que 500 mil euros foram pagos pelo próprio Chirac.

 

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