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Países latino-americanos suspendem alerta após tremor no Japão
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DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Os países da América Latina banhados pelo oceano Pacífico respiraram aliviados neste sábado, depois que o tsunami, provocado por um terremoto de 8,9 graus de magnitude no Japão na sexta-feira (11), chegou ao seu litoral com ondas menores e sem causar grandes danos. O alerta regional foi suspenso.
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A maior parte dos países costeiros da América Latina tomou precauções e decretou a evacuação de suas populações em risco, o que demonstrou a capacidade da região de se proteger ante emergências desse tipo, evitando perdas maiores.
No Peru, as fortes ondas que chegam ao distrito costeiro de San Andrés, província de Pisco, região de Ica (sul), deixou pelo menos 200 desabrigados e 300 casas afetadas, segundo autoridades locais.
Autoridades suspenderam o alerta de tsunami em toda a costa peruana, embora lembre que nos próximos dias podem ser registradas ondas anômalas.
No Equador, onde na sexta-feira (11) o governo ordenou a evacuação de quase 243 mil pessoas na costa do Pacífico, o presidente Rafael Correa suspendeu o estado de exceção hoje, após reportar "danos mínimos" na província insular de Galápagos e em sua zona costeira.
Precisamente em Galápagos, 1.000 km a oeste da costa equatoriana, foram registrados danos menores e inundações em áreas urbanas.
A estatal Petroecuador informou ter retomado neste sábado as exportações de petróleo e importações de combustível, suspensas preventivamente.
O governo do Chile suspendeu o alerta em todo o seu território e autorizou a volta de toda a população às suas casas, depois de passar a noite abrigada em zonas elevadas. Segundo a imprensa local, cerca de 650 mil pessoas haviam sido removidas de áreas de risco.
Em localidades como Dichato, 400 km ao sul de Santiago, o mar avançou cem metros. Já na ilha de Chiloé foi verificada uma variação do mar de oito metros.
Dez embarcações menores foram danificadas e outras 20 ficaram à deriva, segundo informe do Escritório Nacional de Emergências (Onemi).
Na Colômbia, o alerta de tsunami e a restrição a banhistas e saída de barcos pesqueiros também foram suspensos, pois as ondas que chegaram à costa não superaram os 50 cm de altura, segundo o governo.
Mais ao norte, o México foi o primeiro país latino-americano a receber as primeiras ondulações provocadas pelo tsunami no Japão, com ondas de 20 a 70 cm, sem causar danos materiais ou vítimas.
O governo mexicano suspendeu o alerta de tsunami, declarado na sexta-feira, após determinar que a elevação do nível do mar provocou "algumas situações pouco comuns, mas que não representaram nenhuma ameaça para a população, seus bens e a infraestrutura".
Não houve episódios significativos no litoral dos países centro-americanos, que também suspenderam o estado de alerta de um eventual tsunami.
RÉPLICAS
No território japonês, cerca de 60 réplicas do terremoto de 8,9 graus na escala Richter foram sentidas, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
O tremor ocorreu às 14h46 (horário local, 2h46 de Brasília) da sexta-feira (11) e sacudiu o nordeste do país. As réplicas do terremoto foram sentidas durante todo o resto do dia.
Logo após acontecer o terremoto, o maior da história do Japão, houve mais cinco tremores de pelo menos 7 graus na escala Richter e, desde as 15h45 (3h45 de Brasília), as réplicas oscilaram entre os 3,8 graus e 6,8 graus Richter.
A réplica de 6,8 graus foi registrada às 16h20 (4h20 de Brasília) e a de 3,8 graus na escala Richter aconteceu às 20h16 (8h16).
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