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14/03/2011 - 22h47

Deputados questionam acordo nuclear entre Chile e EUA

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DA ANSA, EM SANTIAGO DO CHILE

O líder do partido chileno de oposição Democracia Cristã na Câmara de Deputados, Patricio Vallespín, classificou como "precipitado" o acordo de cooperação em energia nuclear que será firmado nesta sexta-feira entre o Chile e os Estados Unidos, antecedendo a visita do presidente americano, Barack Obama, ao país.

Vallespín, que integra a Comissão de Recursos Naturais, disse que "a assinatura deste convênio é antecipada e carente de suporte dos envolvidos".

Além disso, ele destacou "os lamentáveis eventos ocorridos no Japão", lembrando que, no Chile, "nem foi aberta uma discussão sobre este tipo de energia".

Para ele, este é um tema pendente, que carece de "um profundo debate". A respeito do convênio, o deputado também denunciou a falta de informações, "já que não sabemos do que se trata, a quem envolve ou quais são seus objetivos finais".

"Esse tema não foi discutido com as Comissões da Câmara [dos Deputados] e o Senado", disse Vallespín.

O deputado do partido governista União Democrata Independente (UDI) Juan Lobos afirmou, no entanto, que o risco de catástrofe nuclear no Japão "não justifica uma suspensão no desenvolvimento nuclear no Chile".

Ele acrescentou que, no Chile, ao contrário do país asiático, "podemos construir estas usinas a centenas de quilômetros dos centros populacionais, como no deserto, e incorporando tecnologia de última geração para evitar qualquer perigo às pessoas e ao meio-ambiente".

Grupos ambientais convocaram uma passeata para o dia 21 de março, data que Obama chegará ao país, a fim de "deter os planos do governo chileno de incorporar a opção nuclear".

Para o presidente do Instituto de Ecologia Política, Manuel Baquedano, com os eventos ocorridos no Japão, "esperamos que nossas autoridades adotem um posicionamento sensato e posterguem de forma indefinida o uso deste tipo de energia".

 

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