Publicidade
Publicidade
Morales nega pedido de trabalhadores por reajuste salarial maior
Publicidade
DA ANSA, EM LA PAZ
O governo boliviano ratificou nesta sexta-feira sua negativa em dar um aumento salarial maior aos trabalhadores do país, decisão que está sendo contestada pela Central Operária da Bolívia (COB), que convocou uma greve nacional e manifestações para segunda e terça-feira da próxima semana.
A posição do governo foi confirmada em uma reunião que aconteceu entre os principais dirigentes da COB e três ministros que, no passado, já tinham ocupado cargos de liderança na entidade. O encontro tinha a intenção de iniciar uma negociação tendo em vista a afinidade política dos participantes.
A COB, no entanto, condicionou o início das negociações de suas demandas ao cancelamento do decreto pelo presidente da Bolívia, Evo Morales.
No dia 9 de março, Morales promulgou uma resolução que estipulava um aumento de 10% nos salários dos militares, policiais, profissionais da saúde e da educação. A resolução prevê a elevação do salário mínimo de 670 para 815 bolivianos, que corresponde a um aumento de U$ 99 a US$ 116.
Os valores foram considerados "irrisórios" pela central sindical, que exige um aumento mínimo de 30% e um salário básico de 8.300 bolivianos, além da adoção de medidas para reativar a produção e gerar emprego, já que cerca de 70% da população economicamente ativa não depende de um salário fixo.
Após o encontro entre ambas as partes, o ministro do Trabalho, Félix Rojas, declarou que, "diante dessa condição imposta pelo secretário-executivo da COB, Pedro Montes, não há possibilidade para o diálogo" e que "o decreto segue vigente e não será anulado".
O descontentamento da COB também foi gerado pelo fato do decreto ter sido promulgado quando ainda estava em curso uma negociação com a entidade, que se sentiu enganada pelo governo.
"O governo rompeu o diálogo de maneira unilateral com esse decreto que dispõe de um aumento salarial insuficiente diante da alta do custo de vida, motivo pelo qual somente nos resta apelar a medidas de pressão", explicou o dirigente Emigdio Izquierdo.
O ministro do Trabalho advertiu que "aumentos irracionais nos levariam a repetir a experiência da UDP (Unidade Democrática Popular, em 1982) quando fomos campeões mundiais da inflação". Ele reiterou que eles "não governam apenas para a COB, mas sim para mais de 10 milhões de cidadãos".
Antecipando a paralisação nacional de 48 horas que será realizada no início da semana que vem, os professores iniciaram ontem uma greve indefinida em Cochabamba, no centro do país.
A COB pediu aos trabalhadores da mineração que organizem manifestações nas principais cidades e conseguiu o apoio das universidades, que, atualmente, estão mobilizadas contra uma norma que quer fiscalizar o uso de seus recursos financeiros.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre a Bolívia
- Em protesto, bolivianos fecham ponte de ligação com Brasil
- Evo Morales é contra ação militar internacional na Líbia
- Motoristas entram em greve na Bolívia por aumento de salário
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice