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EUA detectam 'minúscula' quantidade de radiação vinda do Japão
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DA FRANCE PRESSE, EM LOS ANGELES
DE SÃO PAULO
Um monitor de radiação na Califórnia detectou uma "minúscula" quantidade de um isótopo da usina nuclear japonesa com problemas, informaram funcionários do governo nesta sexta-feira, insistindo, no entanto, que não há motivo para preocupação.
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Na primeira confirmação de que a radioatividade já atingiu os Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, da sigla em inglês) informou que o monitor de Sacramento detectou "minúsculas quantidades de radioatividade em isótopo xenon-133".
"A origem foi determinada como consistente com o vazamento dos reatores de Fukushima, no nordeste do Japão", acrescentou em um comunicado conjunto com o Departamento de Energia.
No geral, contudo, a rede de sensores de radiação da EPA nos Estados Unidos, assim como no Havaí e ilhas Guam no Pacífico, "não detectou qualquer nível de radiação preocupante", informou o comunicado.
Nesta sexta-feira, a agência de segurança nuclear do Japão elevou nesta sexta-feira a gravidade da crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi de quatro para cinco, na Escala Internacional de Eventos Radiológicos e Nucleares, que vai até sete.
O reconhecimento da gravidade dos danos na usina, agora "um acidente com vazamento limitado", vem em meio aos esforços para lançar toneladas de água para resfriar os reatores e evitar um vazamento massivo de radiação.
A crise em Fukushima é agora comparável ao acidente na ilha Three Mile, nos Estados Unidos, que sofreu uma fusão parcial em 28 de Março de 1979, causando vazamento de radioatividade para a atmosfera.
Mas ainda está abaixo da maior tragédia nuclear da história, a explosão em Tchernobil, na Ucrânia, considerada nível sete, o mais alto jamais alcançado, definido como "um acidente maior, com um efeito estendido à saúde ao meio ambiente".
Segundo a agência de notícias Kyodo, a avaliação se refere apenas aos reatores 1, 2 e 3 dos seis da usina de Fukushima Daiichi, que estavam em operação durante o terremoto de magnitude 9 que atingiu o leste do país há uma semana.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que o núcleo dos reatores sofreu danos e teriam derretido parcialmente diante do aumento da temperatura, uma consequência da falha no sistema de refrigeração, causada pelo tremor.
Mesmo com o aumento, a avaliação japonesa continua abaixo da classificação feita pela Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN) --que havia classificado inicialmente o acidente como cinco, mas mudou nesta semana ao nível seis. O nível seis, ou 'acidente grave', se refere a um 'vazamento importante que pode exigir a aplicação integral de contramedidas previstas'.
André Claude Lacoste, presidente da ASN, chegou a cogitar que o acidente em Fukushima chegue à gravidade de Tchernobil.
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