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França e UA pedem saída de Gbagbo para conter violência na Costa do Marfim
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A França e a União Africana pediram nesta sexta-feira que o presidente Laurent Gbagbo renuncie na Costa do MArfim, para impedir mais confrontos entre suas forças e as tropas leais ao presidente eleito Alassane Ouattara.
Ouattara foi o vencedor das eleições de novembro do ano passado, reconhecido pela comunidade internacional. Gbagbo, que já estava no poder, se recusou a renunciar e apelou ao Conselho Eleitoral por uma recontagem de votos, que favoreceu sua campanha. Desde então, forças dos dois lados se enfrentam em confrontos que deixaram centenas de mortos e ameaçam levar o país de volta à guerra civil de 2002 e 2003.
As forças de Ouattara cercaram o Palácio Presidencial em Abdijã, principal cidade do país, e estão dispostas a lutar até o fim. A ONU (Organização das Nações Unidas) disse nesta sexta-feira temer "graves violações dos direitos humanos" dos soldados das Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI), leais a Ouattara, principalmente no oeste do país.
"Enquanto antes Gbagbo sair, antes acaba a violência", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da França, Bernard Valero.
Valero disse ainda não saber o paradeiro do marfinense. Mais cedo, contudo, o embaixador da França na Costa do Marfim, Jean Marc Simon, disse que Gbabgo está provavelmente no palácio presidencial de Abidjã.
"Na quinta-feira vimos um barco com muitas pessoas sair do cais da residência presidencial, que fica perto de uma lagoa, mas não conseguimos saber se ele estava a bordo", disse o embaixador.
"Temos razões para acreditar que o presidente Gbagbo está no palácio presidencial", acrescentou o diplomata francês.
Apesar de estar cercado pelas tropas de Ouattara, Gbagbo não tem intenção de abdicar. Ele chamou ainda de golpe de Estado a tentativa de Ouattara de tomar o poder, segundo representante na Europa, Toussaint Alain, ouvido pela agência de notícias France Presse.
"O presidente Laurent Gbagbo não tem a intenção de abdicar ou de render-se a algum rebelde. Enfrenta um golpe de Estado pós-eleitoral de Alassane Ouattara, que é apoiado por uma coalizão internacional", afirmou Allain.
Questionado sobre o paradeiro de Gbagbo, o representante afirmou que ele está no território da Costa do Marfim, mas que não poderia informar a localização exata.
VIOLAÇÕES
Em Genebra, o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, disse temer a violência dos confrontos entre pró e anti-Gbagbo.
"Temos informações não confirmadas de graves violações dos direitos humanos cometidas pelas Forças Republicanas da Costa do Marfim, as forças pró-Ouattara", declarou à imprensa.
Estas violências teriam sido registradas em particular nas regiões de Guiglo e Daloa, a oeste do país.
Colville citou entre as violações, saques, extorsão de fundos, sequestros, detenções arbitrárias e maus tratos contra os civis.
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