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07/04/2011 - 21h36

Ex-ministro de Energia da Líbia foge para Malta num barco de pesca

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-ministro líbio da Energia, Omar Fathi Ben Shatwan, revelou à AFP que fugiu para a Europa do cerco da cidade de Misrata, num barco de pesca, e se uniu à oposição a Muammar Gaddafi.

"Gaddafi não tem nenhum futuro", afirmou Ben Shatwan, ex-ministro da Indústria, que foi titular da pasta de Energia de 2004 a 2006, quando a Líbia começou a autorizar a exploração de seus recursos petrolíferos a grandes companhias estrangeiras.

Ele acusou Gaddafi e sua família de terem recebido comissões milionárias ilegais da indústria do petróleo e afirmou que existe um tesouro "escondido".

Para Shatwan, outros membros do regime querem abandonar o ditador, mas têm "medo".

"Nenhum ministro apoia o regime", declarou, depois de prometer que ajudará a oposição "com todos os meios ao alcance".

Após uma travessia de 20 horas na embarcação, o ex-ministro líbio chegou secretamente a Malta na sexta-feira passada e sua presença no país não foi divulgada.

Aceitou fazer declarações à agência France Presse desde que não fosse revelado o local onde se encontra.

EX-CHANCELERES DESERTAM

Há uma semana, o ex-chanceler Ali Abdussalm Treki, que era apontado para assumir o cargo de embaixador da Líbia nas Nações Unidas, fugiu para o Egito, de onde disse que é preciso interromper o "derramamento de sangue" em seu país.

Sua deserção ocorreu após o chanceler líbio Moussa Koussa fugir para o Reino Unido.

Diplomata líbio na Liga Árabe, baseada no Cairo, Soufian Treki, um sobrinho do ex-chanceler, repassou à agência de notícias Reuters um comunicado enviado por Ali Abdussalm Treki.

"Não podemos deixar que o nosso país se dirija para um destino desconhecido. A nossa nação tem direito a viver em liberdade, democracia e boas condições de vida", afirmou no texto divulgado.

Treki disse ainda que sua renúncia baseia-se em sua rejeição ao "derramamento de sangue" promovido pelas tropas do governo.

Ibrahim Dabbashi, vice-embaixador da Líbia nas Nações Unidas, disse que a maioria dos políticos que integram o alto escalão do regime estão tentando desertar, mas sofrem com um rigoroso esquema de segurança que os impede de abandonar o país.

 

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