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ONU e França atiram contra residência de presidente marfinense
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Helicópteros da França e das Nações Unidas lançaram foguetes contra a residência do presidente da Costa do Marfim que se recusa a deixar o poder, Laurent Gbagbo, neste domingo.
As Nações Unidas justificaram foi uma retaliação aos ataques contra forças da ONU e contra civis.
Moradores próximos do complexo presidencial disseram ter visto dois helicópteros da ONU Mi-24 e um francês abrirem fogo contra a residência, onde Gbagbo se mantém em um bunker.
Um repórter da agência Associated Press disse ter visto helicópteros decolarem de uma base militar e minutos depois foram ouvidas explosões na direção da residência do presidente. Outros helicópteros franceses decolaram nas horas seguintes e novos bombardeios foram ouvidos.
Gbagbo está vivendo em um bunker na residência em Abidjan há cerca de uma semana. Depois de uma década no poder, ele se recusa a sair apesar de as Nações Unidas terem reconhecido o presidente eleito nas eleições de novembro, Alassane Ouattara.
Forças leais a Gbagbo romperam no sábado o perímetro da residência presidencial, avançando em direção ao centro.
ARMAMENTOS
Helicópteros franceses e das Nações Unidas atacaram armamento pesado pertencente a tropas leais ao atual presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, disse o porta-voz da missão das Nações Unidas.
"Estamos em uma operação para neutralizar o armamento pesado de Gbagbo. Tivemos que suspender a operação por uns dias para avaliar e nos demos conta de que ainda há armamento pesado que eles usaram contra civis e contra as Nações Unidas", disse Hamadoun Toure à agência Reuters.
Um correspondente da Reuters na base militar francesa, a 15 km da casa de Gbagbo, disse poder ouvir explosões. Segundo ele, quatro helicópteros, dois das Nações Unidas e dois da França, estão na operação. Um morador da região afirmou que pode ver uma fumaça preta.
No sábado, tropas leais a Gbagbo atacaram em Abidjan o hotel onde está Alassane Ouattara, que clama a Presidência do país. O hotel é guardado por forças das Nações Unidas.
Advogados de Ouattara, em carta neste domingo, pediram que as forças internacionais eliminem o armamento pesado e as milícias de Gbagbo e o levem ao tribunal.
NEGATIVA
O grupo do presidente marfinense que se recusa deixar o poder negou ter atacado o Hotel Golfe no sábado, sede do governo do líder eleito, e tachou as informações de "montagem".
Em declarações à emissora da Missão das Nações Unidas em Costa do Marfim, o porta-voz de Gbagbo, Ahoua don Mello, disse que o suposto ataque com armamento pesado realizado pelos militares fiéis a Gbagbo é um "golpe inventado".
Mello afirmou que o suposto ataque é um 'pretexto' para que a ONU e a operação francesa Licorne possam justificar nova ação contra a residência de Gbagbo.
No sábado à noite, os aliados de Ouattara informaram que o Hotel Golfe de Abidjan havia sido alvo de ataques "por todos os lados" executados pelas forças leais a Gbagbo.
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