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OEA destaca normalidade das eleições no Peru
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DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
A OEA (Organização dos Estados Americanos), que participa de uma missão de observadores na eleição presidencial do Peru, destacou neste domingo a normalidade e a participação no pleito.
Em 97% das mesas observadas, o material eleitoral estava à disposição dos eleitores e o censo era consultável.
Apenas 39% das mesas registraram a presença de todos os membros titulares, segundo a OEA. A organização destacou ainda que, em muitos escritórios, o pessoal dos partidos que deveria observar o bom desenrolar da votação não compareceu.
A missão da OEA é formada por 73 observadores.
Segundo as primeiras pesquisas de boca de urna, o ex-militar de esquerda Ollanta Humala passou para o segundo turno, seguido da congressista Keiko Fujimori, filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori.
SEGUNDO TURNO
A pesquisa do instituto Ipsos mostrou Humala com 31,6% dos votos, Fujimori com 21,4%, Kuczynski com 19,2% e Toledo, 16,1%.
A sondagem Datum deu a Humala 33,8% dos votos, seguido de Fujimori com 21,3%. O ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski teve 19,5% e o ex-presidente Alejandro Toledo, 15,2%.
Sondagem CPI deu Humala com 33%, Fujimori com 22% e Kuczynski em terceiro com 19%.
Se nenhum candidato obtiver 50% dos votos na contagem final, os dois líderes disputarão o segundo turno em 5 de junho.
FAVORITO
Humala já era o favorito para liderar o primeiro turno das eleições presidenciais de hoje no Peru.
A principal dúvida era quem iria com ele para um segundo turno: Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000); o ex-presidente Alejandro Toledo ou o ex-ministro das Finanças Pedro Pablo Kuczynski.
Apesar de o Peru ter crescido a uma taxa chinesa de 7% nos últimos anos, a desigualdade de renda gerou insatisfação entre as camadas mais pobres, que apostam no candidato esquerdista.
E a oposição a Keiko e Humala, considerados populistas, está rachada.
O ex-presidente Toledo convocou os outros candidatos de centro-direita (PPK e o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda) a unir-se contra ambos. Mas foi rechaçado.
A população de baixa renda se sente excluída do crescimento do país e reivindica maior participação na riqueza gerada pela exportação de recursos minerais.
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