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13/04/2011 - 11h04

OMS rejeita adotar mais medidas devido à crise nuclear no Japão

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DA EFE, EM GENEBRA

A elevação para o maior nível de gravidade do acidente nuclear da usina de Fukushima Daiichi, no Japão, não tem incidência na saúde pública que exija novas medidas de prevenção, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Do ponto de vista da saúde pública, não existe necessidade de adotarmos novas medidas", afirmou em entrevista coletiva Maria Neira, diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente do organismo.

Neira afirmou ainda que, apesar dos acidentes em Fukushima e Tchernobil (na Ucrânia, em 1986) estarem na mesma escala, há grandes diferenças entre as duas crises, em termos de saúde pública.

Kyodo News/AP
Moradores de Iitate ouvem discurso do prefeito Norio Sugano (de costas) sobre retirada da vila
Moradores de Iitate ouvem discurso do prefeito Norio Sugano (de costas) sobre retirada da vila

"Há fatores que marcam a diferença entre Tchernobil e Fukushima. O primeiro é que, em Tchernobil, as pessoas próximas não foram retiradas, o que fez com que sofressem exposição aguda à radiação", disse Neira. "Também não foram distribuídas pastilhas de potássio iodado, e a terra ficou contaminada e não foi proibido o consumo de produtos locais".

Com relação a Fukushima, o responsável da OMS ressaltou que a retirada em um raio de 20 quilômetros da central foi imediata, "o que representou uma grande proteção à população".

Ela também destacou as diferenças entre a transparência mostrada pelo governo japonês e a atitude do então governo soviético após a explosão na usina de Tchernobil.

Neira não quis entrar em hipóteses sobre como seria o impacto à saúde pública se a situação de instabilidade na planta de Fukushima se prolongar sem que se encontre uma solução técnica para dar por concluído o acidente.

Ela rejeitou ainda a necessidade de uma proibição geral de importar certos produtos do Japão. "É suficiente com os controles previstos no código de segurança alimentar", disse.

Ela afirmou ainda que o papel da OMS é sentar com o governo japonês para fazer estudos que avaliem as consequências que este acidente possa ter no longo prazo.

 

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