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Banco do Japão reduz sua previsão de alta do PIB para 2011
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DA EFE
A economia do Japão crescerá 0,6% no ano fiscal de 2011, um ponto percentual menos que o previsto inicialmente, devido ao terremoto seguido de tsunami do último dia 11 de março, segundo as estimativas divulgadas nesta quinta-feira pelo Banco do Japão (BOJ).
O Produto Interno Bruto (PIB) japonês se recuperará no ano fiscal de 2012, que começa em abril do ano que vem, e crescerá 2,9%, 0,9% acima do calculado pelo BOJ em janeiro.
Em seu relatório bienal de perspectivas econômicas, o banco central japonês revisou para cima sua previsão de crescimento do Índice de Preços ao Consumidor, situando-o em 0,7% para 2011, contra a estimativa de 0,3% que apresentara no início do ano.
Para 2012, a entidade previu que os preços avançarão 0,7%, um décimo mais do que previra em janeiro.
O documento do BOJ destaca que as perspectivas da economia japonesa, que desde o início do ano "estava saindo de uma fase de desaceleração", mudaram de forma "significativa" devido ao terremoto e ao tsunami que atingiu o nordeste do país.
O terremoto de magnitude 9 que em 11 de março arrasou várias zonas do nordeste do Japão devastou várias fábricas e gerou interrupções na cadeia de provisões de muitas indústrias, incluindo a do potente setor automobilístico.
Além disso, desencadeou uma crise nuclear que afetou o fornecimento de energia elétrica em algumas áreas, além de ameaçar criar uma situação de escassez energética durante o verão.
O Banco do Japão emite seu relatório de perspectivas econômicas duas vezes por ano, em abril e outubro.
RECUPERAÇÃO
O BOJ manteve nesta quinta-feira as taxas de juros em um nível entre 0% e 0,1% e divulgou os detalhes de um programa de empréstimos de emergência para as entidades das áreas atingidas pelo terremoto de 11 de março.
Ao término do encontro de um dia em Tóquio, o banco central japonês precisou que esse programa inclui empréstimos de 1 trilhão de ienes (US$ 12,23 bilhões) durante um ano para os bancos e instituições financeiras com filiais nas áreas afetadas.
Cada uma das entidades poderá receber até 150 bilhões de ienes (US$ 1,83 bilhão) com juros a 0,1%, indicou o BOJ em comunicado.
O objetivo deste programa é estimular os bancos das províncias de Miyagi, Fukushima e Iwate, as mais devastadas pelo terremoto, a oferecerem empréstimos às companhias locais, sobretudo às pequenas empresas que agora encontram dificuldades para aceder a linhas de crédito.
Em sua reunião, o comitê monetário do BOJ decidiu por unanimidade manter as taxas de juros entre 0% e 0,1%, o nível no qual se encontram desde outubro, a fim de impulsionar a economia japonesa.
O BOJ também manteve em 10 trilhões de ienes (US$ 122,3 bilhões) o fundo de seu programa de compra de ativos, destinado a injetar liquidez na economia, ao rejeitar a proposta defendida pelo vice-governador da entidade, Kiyohiko Nishimura, para elevá-lo a 15 trilhões de ienes (US$ 183 bilhões).
Nos dias posteriores ao terremoto e ao tsunami de 11 de março, o BOJ injetou pelo menos 40 trilhões de ienes (US$ 490 bilhões) no mercado para evitar o pânico e facilitar o acesso a verbas destinadas à reconstrução após a catástrofe.
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