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Ahmadinejad retoma atividades após dez dias de crise política
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DA FRANCE PRESSE, EM TEERÃ
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, retomou neste domingo suas atividades oficiais ao presidir um Conselho de Ministros, pondo fim a dez dias de crise política provocada por uma tentativa malsucedida de destituição do ministro da Informação, Heydar Moslehi.
Moslehi, segundo a agência Fars e vários sites ligados ao poder, não participou no conselho, alegando uma visita à cidade sagrada de Qom (centro).
Segundo o site da televisão estatal, o presidente Ahmadinejad "agradeceu ao Guia Supremo por seu apoio" e afirmou que o governo está totalmente submetido ao guia da República Islâmica, aiatolá Ali Khamenei.
O dono da televisão estatal, Ezzatollah Zarghami, afirmou que o presidente tinha provado com suas declarações que não há "divisões entre as autoridades do país e o aiatolá".
Ahmadinejad tinha cancelado sem explicação qualquer aparição pública ou declaração depois do dia 22 de abril, pouco depois de Khamenei ter recusado a demissão de Moslehi.
O ministro da Informação é considerado um integrante do governo próximo ao aiatolá Khamenei e à linha ultraconservadora do regime, que se opõe com cada vez mais frequência a Ahmadinejad.
A afronta do presidente ao aiatolá desencadeou uma crise inédita na liderança do Estado, com Ahmadinejad boicotando durante mais de uma semana os atos do governo.
Partidários e opositores do presidente travam uma batalha pelo controle dos serviços de informação diante da perspectiva das próximas eleições legislativas, em março de 2012. A ala presidencial anunciou a sua intenção de apresentar candidatos em todo o país contra o grupo da atual maioria conservadora no Parlamento.
No sábado, o Parlamento pediu ao presidente que reconhecesse a autoridade do aiatolá, aceitasse sua decisão relacionada a Moslehi, e voltasse ao trabalho com o objetivo de "pôr fim a uma situação que beneficia os inimigos" do Irã.
O aiatolá Khamenei lançou uma advertência contra qualquer manifestação de desacordo dentro do regime, sem citar explicitamente Ahmadinejad, mas em uma clara alusão à crise atual.
Os opositores ultraconservadores do presidente evitaram se manifestar contra ele durante a crise, mas criticaram seu chefe de gabinete e principal conselheiro, Rahim Esfandiar Machaie, acusado de estar na origem da tentativa de demissão de Moslehi. Ao contrário deste, Machaie estava presente no conselho de ministros.
Rival dos conservadores há vários anos por seu suposto liberalismo, mas sempre defendido pelo presidente, Machaie é acusado também por seus críticos de ser o líder de uma corrente "desviacionista" que ameaça o regime.
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