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07/05/2011 - 12h43

Forças matam três manifestantes na Síria

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DA FRANCE PRESSE

Forças de segurança da Síria mataram três mulheres que protestavam neste sábado na entrada de Baniyas, no noroeste do país, pedindo a libertação dos presos, disse um ativista dos direitos humanos.

"Cerca de 150 habitantes de Baniyas haviam se reunido na via expressa que vai Latakia para pedir a libertação das pessoas detidas em Marqab, de onde vêm", explicou.

"Os membros das forças de ordem pediram a eles que se retirassem; diante de sua negativa em obedecer, abriram fogo, matando três deles e ferindo outros cinco", acrescentou.

Uma fonte militar afirmou neste sábado em um comunicado que "unidades do exército e das forças de segurança perseguiram hoje membros de grupos terroristas em Baniyas e nos arredores de Daraa (sul) com o objetivo de restabelecer a segurança e a estabilidade".

As forças de segurança "detiveram várias pessoas procuradas e apreenderam uma quantidade grande de armas que estes grupos utilizaram para agredir o exército e os cidadãos e aterrorizar os habitantes".

EXÉRCITO

As tropas do Exército sírio se espalharam neste sábado por várias regiões do país e entraram na cidade litorânea de Baniyas, onde ocorreram fortes protestos contra o regime de Bashar al-Assad, relataram ativistas de direitos humanos.

O presidente da Comissão Síria de Direitos Humanos, Walid Saffour, disse à TV "Al Jazeera" que "as forças de segurança entraram em algumas áreas de Baniyas, o que atribui à ação um caráter sectário".

Saffour não especificou em que parte da cidade as forças da ordem entraram, mas fontes da oposição apontaram que as ações ocorreram em bairros sunitas.

Os protestos políticos, que começaram em março, reavivaram as tensões sectárias pela primeira vez em décadas na Síria, onde existem ainda minorias cristãs e curdas.

Saffour, cuja organização tem sede em Londres, explicou que as forças de segurança cortaram as comunicações, a eletricidade e a água em Baniyas.

Esta ação lembra o ocorrido na cidade ao sul de Daraa, perto da fronteira com a Jordânia e sitiada pelo Exército desde 25 de abril.

A rede opositora "Sham" informou neste sábado que há tanques e membros das forças de segurança nas ruas na cidade de Daraa e em outras áreas desta província, epicentro da revolta contra o regime sírio.

Em Daraa, as comunicações telefônicas e a conexão à internet estão cortadas há dias e seus habitantes denunciam uma situação insustentável agravada pela falta de alimentos e de remédios.

A chegada de tropas à cidade ocorre um dia depois que milhares de pessoas saíram às ruas para pedir a saída de Al-Assad do poder.

MORTES

Na sexta-feira, as forças de segurança sírias mataram ao menos 27 manifestantes que exigiam o fim do regime do presidente Bashar al-Assad, disseram ativistas de direitos humanos.

Ativistas e testemunhas disseram que as manifestações começaram depois da oração principal de sexta-feira, em cidades de todo o país- de Banias, na costa mediterrânea, até Qamishly, no leste curdo.

O confronto mais sangrento aconteceu no centro da cidade de Homs, em que 15 manifestantes foram mortos, disse o ativista Ammar Qurabi. A televisão estatal síria disse que um oficial do Exército e quatro policiais foram mortos em Homs por uma "quadrilha criminosa".

Um líder tribal denunciou que ao menos quatro manifestantes perderam a vida em Deir al-Zorl, situada na principal região petrolífera da Síria.

As críticas internacionais contra Assad estão se intensificando. O governante passou à ofensiva para manter o governo de quatro décadas de sua família e reprimir os manifestantes, que exigem liberdade.

SANÇÕES

Governos da União Europeia concordaram na sexta-feira em impor o congelamento dos bens e restrições de viagem a autoridades sírias responsáveis pela repressão violenta. Ativistas de direitos humanos dizem mais de 560 pessoas já foram mortas no país.

 

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