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23/05/2011 - 10h41

Grécia discute novos cortes de gastos e aumento de impostos

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DA REUTERS, EM ATENAS
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, discutiu nesta segunda-feira com seu gabinete novas medidas de emergência para reduzir o deficit público, algo essencial para convencer os credores de que Atenas pode lidar com a crise de dívida sem passar por uma reestruturação.

Entre a série de novas medidas de austeridade sendo estudadas estão mais cortes nos salários do setor público, um aumento adicional de impostos e até a demissão de funcionários públicos que trabalham em período integral.

Em jogo está a parcela de 12 bilhões de euros do resgate concedido pela UE (União Europeia) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) no ano passado, além de empréstimos adicionais necessários para cobrir o deficit de financiamento do ano que vem, já que o país altamente endividado não deve voltar aos mercados de bônus em 2012.

Com a dura austeridade fiscal para corrigir a negligência do passado, que tirou a força da economia grega, os mercados acreditam que alguma forma de reestruturação de dívida é inevitável, mas isso é negado pelos formuladores de políticas, especialmente no BCE (Banco Central Europeu).

O comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Olli Rehn, pressionou nesta segunda-feira para que Atenas redobre os esforços fiscais e acelere as privatizações.

"Essa é uma questão de urgência", disse Rehn em discurso a uma conferência sobre integração europeia, em Viena.

REDUÇÃO DE ISENÇÕES DE IMPOSTOS

Segundo jornais do país, entre as medidas analisadas pelo governo estão reduzir a atual linha de isenção de 12 mil euros para o imposto de renda, além de cortes em outras isenções para gastos médicos e juros de empréstimos imobiliários, ações que devem apertar o orçamento de milhões de trabalhadores e pensionistas.

Também pode haver um imposto único sobre as rendas mais altas, possivelmente para aqueles que ganham mais de 80 mil euros por ano, e um imposto sobre propriedades muito grandes.

O governo também considera uma taxa única de imposto sobre valor agregado, de 18% ou 19%, para todos os bens e serviços. O regime atual varia entre 13% e 23%.

Se adotada, a medida significará custos mais altos de alimentos, eletricidade e transporte, mas dará certo alívio para outros bens de consumo, como carros, móveis e eletrodomésticos, com as varejistas fortemente prejudicadas pelos três anos de recessão.

BANCO

A Comissão Europeia, guardiã da concorrência na Europa, aprovou nesta segunda-feira a reestruturação do ATE (Banco Agrícola da Grécia), que vai reduzir seus ativos em 25%, em troca de uma recapitalização pública que pode chegar a 1,145 bilhão de euros.

"O plano deve permitir recuperar a rentabilidade a longo prazo do ATE", afirma Bruxelas em um comunicado.

O ATE é o quinto maior grupo bancário na Grécia. Seus ativos chegavam em 2010 a 30 bilhões de euros, quase 6% dos ativos totais dos bancos gregos.

Em 2009, dentro das medidas de apoio pela crise financeira, o ATE recebeu 675 milhões de euros de capitais públicos, assim como garantias do Estado. No mês passado anunciou um aumento de capital de quase 1,26 bilhão de euros, sendo 1,145 bilhão concedidos pelo Estado.

 

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