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Após desastre no Japão, G8 diz querer mais segurança nuclear
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DA FRANCE PRESSE, EM DEAUVILLE (FRANÇA)
Os líderes do G8 afirmaram nesta quinta-feira a intenção de melhorar a segurança nuclear mundial após o acidente de Fukushima, o pior desde Tchernobil, um dos temas em destaque na reunião realizada em Deauville.
Mais de dois meses após o terremoto devastador seguido de tsunami no dia 11 de março, que deixaram 25 mil mortos e desencadearam uma catástrofe nuclear, a "solidariedade com o Japão" e a "segurança nuclear" dominaram as primeiras dicussões do grupo dos oito países mais industrializados do mundo.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, criticado pela maneira como geriu a crise, detalhou ante seus sócios a situação atual da central nuclear, que, segundo ele, está sendo "gradualmente estabilizada". Kan anunciou ainda a intenção de organizar em 2012 uma reunião dedicada exclusivamente ao tema de segurança nuclear.
"O Japão gostaria de sediar uma reunião internacional sobre segurança nuclear em cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no final do próximo ano", declarou Kahn durante o almoço com os líderes de Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Rússia, Itália e Canadá, segundo um responsável de sua delegação.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anfitrião da reunião e grande defensor da energia nuclear, havia anunciado a intenção de aproveitar esta reunião do G8 --cuja maioria dos membros utiliza este tipo de energia-- para tirar as lições da pior catástrofe nuclear dos últimos 25 anos.
LIÇÕES APÓS FUKUSHIMA
Nas primeiras reuniões, os líderes do G8 se puseram de acordo para levar a cabo "provas de segurança periódicas e intensivas de todas as centrais nucleares", explicou à imprensa a chanceler alemã, Angela Merkel, que se declarou "muito satisfeita" com este "avanço inegável" que figurará na declaração final da reunião.
A Rússia, que propõe uma nova convenção, também expressou confiança em um acordo sobre segurança nuclear porque "não há outra alternativa", disse Nikolai Spassky, vice-presidente da agência nuclear estatal russa Rosatom.
No projeto de declaração final da reunião, os líderes do G8 ressaltaram a "determinação para tirar todas as lições possíveis do acidente nuclear japonês, incluindo a necessidade de promover os mais altos níveis de segurança, conforme os princípios da Convenção sobre Segurança Nuclear".
Firmada por cerca de 70 países, esta convenção, cuja aplicação é suepervisionada pela AIEA, fixa as regras da segurança para o funcionamento dos reatores nucleares.
As propostas do G8, que não é um órgão de decisão, serão debatidas no dia 7 de junho, em um seminário ministerial na sede da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a participação de 30 países, que também servirá para preparar uma reunão organizada pela AIEA de 20 a 24 de junho.
Em uma reunião à parte, o presidente americano, Barack Obama, comprometeu-se com o primeiro-ministro japonês a respaldar o país durante o tempo que for necessário até sua total recuperação.
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