Consumo e renda crescem e indicador imobiliário piora nos EUA

Os gastos dos consumidores americanos cresceram 0,4% em abril, o menor crescimento deste indicador em três meses, segundo informou o Departamento de Comércio dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

O consumo das famílias corresponde a mais de dois terços da atividade econômica do país.

Os ganhos e salários dos americanos também subiram 0,4% em abril, depois de um incremento de 0,3% em março.

A renda disponível, que é o ganho líquido das famílias depois do pagamento de impostos, se manteve inalterada pelo segundo mês seguido.

A taxa de poupança no país se manteve em 4,9% da renda, o mesmo nível de março. Esta taxa de poupança é a menor desde outubro de 2008.

Segundo o mesmo informe, os preços de consumo cresceram 2,2% em 12 meses até abril, o maior aumento registrado em um ano. Se excluídos os preços de alimentos e combustíveis -- que são os mais voláteis -- a inflação ao consumidor subiu 1% em 12 meses.

CASAS

O número de americanos que assinaram contratos para comprar casas caiu no mês passado, batendo no menor nível dos últimos sete meses, o que renova temores de que o mercado imobiliário está longe da recuperação nos EUA.

A Associação Nacional dos Corretores de Imóveis disse que o índice de contratos de vendas de casas usadas caiu 11,6% no mês passado para 81,9 pontos.

O nível de 100 pontos seria considerado saudável. A última vez que este índice alcançou os 100 pontos foi em abril do ano passado, o último mês em que pessoas poderiam pedir crédito tributário pela compra de imóveis de até US$ 8 mil.

A assinatura de contratos é considerado um indicador confiável dos rumos do mercado imobiliário. Normalmente, o tempo entre a assinatura do contrato e o negócio efetivamente fechado é de um a dois meses.