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Hamburgo nega que pepinos espanhóis sejam fonte de E. coli
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Cornelia Prüfer-Storks, responsável pela secretaria de Saúde de Hamburgo, afirmou nesta terça-feira que os pepinos espanhóis não são a fonte do surto da variante da bactéria Escherichia coli (E. coli). A contaminação deixou 15 mortos na Alemanha e um na Suécia.
Prüfer-Storks afirmou que as análises realizadas em laboratório evidenciaram que a bactéria descoberta em dois pepinos espanhóis comercializados em Hamburgo não coincide com o tipo encontrado nos pacientes _especialmente agressiva e resistente a antibióticos.
Marcus Brandt/Efe |
Cornelia Prüfer-Storks, secretária de Saúde de Hamburgo, negou que a bactéria E.coli esteja em pepinos espanhóis |
"Como antes, a fonte [do surto infeccioso] ainda não foi identificada", afirmou.
Prüfer-Storks, que foi a pessoa que apontou em um primeiro momento em direção aos pepinos espanhóis como fonte da infecção, reconheceu que ainda "não é possível dar por superado" o pico de casos do surto.
O Instituto de Higiene de Hamburgo continua os testes em tomates, pepinos e alfaces em mercados, lojas de alimentação e restaurantes da cidade-Estado, em busca da fonte da infecção.
Desde que foi detectado o primeiro caso na semana passada, ao menos 15 pessoas já morreram, em sua maioria mulheres idosas, e outras 1.400 foram contaminadas, das quais 570 vivem em Hamburgo. Uma 16ª vítima morreu na Suécia, após viagem à Alemanha.
A Espanha defendeu seus vegetais e acusou a Alemanha de ter agido de maneira irresponsável ao acusar o país.
Mais cedo, a Federação Espanhola de Produtores-Exportadores de Verduras e Frutas (Fepex) afirmou que praticamente toda a Europa deixou de comprar verduras espanholas desde a suspeita de que pepinos espanhóis tenham causado o surto.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
"Há um efeito dominó em todas as verduras e frutas", disse o presidente da Fepex, Jorge Brotons, que calcula as perdas em 200 milhões de euros semanais.
Até o momento, a Rússia foi o único país a proibir oficialmente a importação de pepinos, tomates e salada da Alemanha e Espanha.
BACTÉRIA
Esta variedade da E. coli produz uma toxina específica que destrói hemácias (células vermelhas do sangue) e provoca insuficiência renal, a chamada Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU).
A E. coli se propaga principalmente pela comida, pela água contaminada ou pelo contado com animais doentes.
Os sintomas típicos da infecção pela bactéria são febre moderada e vômito. Em alguns casos, há diarreia com sangue nas fezes.
A maioria dos pacientes se recupera em cerca de sete dias, mas uma parcela deles pode desenvolver a Síndrome Hemolítico-Urêmica. Nos casos mais severos, a síndrome provoca convulsões e problemas graves no sistema nervoso.
O Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), com sede na Suécia, disse que o surto de SHU é "um dos maiores que já foram registrados no mundo e o maior já registrado na Alemanha".
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