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Líderes defendem unidade para solução de conflito na Líbia
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DA EFE, NO CAIRO
Representantes árabes, europeus, africanos e muçulmanos destacaram neste sábado (18) a importância de se manter as mesmas posturas sobre a Líbia, apesar de a UA (União Africana) defender uma solução ao conflito que conte com o líder Muammar Gaddafi.
Essa postura foi defendida durante uma reunião do chamado Grupo do Cairo na capital egípcia da qual participaram a alta representante da UE (União Europeia), Catherine Ashton, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, e o chefe da Comissão da União Africana, Jean Ping.
A reunião contou ainda com a presença do enviado especial da ONU para a Líbia e do diretor de assuntos políticos da Organização da Conferência Islâmica.
Em entrevista coletiva posterior, Moussa ressaltou que esses organismos regionais e internacionais destacaram a importância de se manter uma unidade de posturas.
Além disso, os presentes analisaram "vários pontos que podem representar uma solução política à crise líbia e que cumpram as aspirações do povo líbio", disse.
"Há um movimento rumo ao fim da crise do ponto de vista político", afirmou Moussa.
Ele explicou que o encontro terminou com um comunicado e uma proposta de solução que fala sobre a situação humanitária, o cessar-fogo, o processo político, o papel das organizações regionais e internacionais e próximos passos a serem dados.
"É natural que a gente se apresse para buscar uma solução política e conseguir um cessar-fogo", disse Moussa.
Apesar de assegurar que sua organização não tinha nenhuma objeção quanto ao comunicado final da reunião deste sábado, Ping advertiu que não é possível uma solução à crise da Líbia sem a presença de Gaddafi.
Nesse sentido, lembrou que a UA apresentou em 10 de março uma proposta para resolver o conflito na Líbia que estipulava "um cessar-fogo, a provisão de ajuda material ao povo líbio e um período provisório pactuado".
A alta representante da UE também participou da entrevista coletiva e foi perguntada pelos ataques da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que afetaram a população civil.
Após lembrar que ela não é representante da Otan, assegurou que "não há dúvidas de que o organismo realiza sua missão com cautela" e de acordo com o Conselho de Segurança da ONU.
Além disso, destacou que "a UE tem interesse em apoiar o povo líbio em suas aspirações de democracia".
"Eu visitei Benghazi e um menino me disse 'nós queremos o que vocês querem: a democracia", ressaltou.
Por sua vez, Moussa reiterou que uma intervenção militar terrestre na Líbia é proibida pela resolução do Conselho de Segurança que estipula a proteção dos civis.
"A intervenção militar terrestre é proibida de acordo a resolução de Conselho de Segurança. A resolução não fala sobre a queda do regime, mas sobre a proteção de civis", disse o chefe da Liga Árabe.
O comunicado final da reunião ressaltou a importância do "cumprimento total" das resoluções 1973 e 1970 do Conselho de Segurança da ONU.
A resolução 1973, aprovada em 17 de março, autoriza "todas as medidas necessárias", incluindo o uso da força e o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea para proteger a população civil dos ataques do regime de Gaddafi.
Já a resolução 1970, adotada em 26 de fevereiro passado, ordenou o congelamento de todos os bens e ativos financeiros de Gaddafi e seus filhos no exterior.
Este foi o segundo encontro do Grupo do Cairo, depois do realizado em 14 de abril passado, no qual os presentes ressaltaram a necessidade de se alcançar um cessar-fogo e iniciar um diálogo
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