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Líbia diz que nove morreram em ataque da Otan a Trípoli
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DA FRANCE PRESSE, EM TRÍPOLI (LÍBIA)
O porta-voz do regime líbio, Mussa Ibrahim, elevou neste domingo o saldo de vítimas de um ataque atribuído à coalizão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na capital Trípoli. Segundo Ibrahim, nove pessoas foram mortas e dezoito ficaram feridas.
O balanço anterior indicava cinco mortos.
Segundo Ibrahim, as vítimas são cinco membros da mesma família e quatro pessoas que passavam diante do prédio bombardeado.
O imóvel, de dois andares, no qual residiam cinco famílias, foi destruído num ataque ao bairro popular de Al Arada, na zona leste de Trípoli. Pelo menos duas outras casas vizinhas sofreram danos.
Imed Lamloum/France Presse | ||
Governo líbio leva jornalistas para ver estragos de suposto ataque da Otan em Trípoli |
Dois corpos foram retirados dos escombros diante de jornalistas internacionais, levados ao local pelas autoridades líbias.
No hospital de Trípoli, havia corpos de duas crianças de menos de dois anos e o de uma mulher, todos da mesma família.
O regime líbio acusa a Aliança Atlântica de cometer "barbáries", visando "deliberadamente a população civil".
Segundo o porta-voz líbio, os dirigentes americanos, franceses, britânicos e italianos que conduzem as operações militares são "responsáveis moral e legalmente pelos assassinatos".
A Otan diz estar investigando o acidente, que se segue a um bombardeio por engano, também da Aliança Atlântica, a combatentes rebeldes perto da cidade de Ajdabiya, no leste da Líbia, ocorrido na última quinta-feira. Na ocasião, 16 homens ficaram feridos. A coalizão militar desculpou-se pelo caso.
Na noite de sábado, a Otan admitiu que um de seus aviões atacou acidentalmente uma coluna das forças rebeldes na região de Brega (leste) no dia 16 de junho, e disse lamentar "a perda de vidas humanas e ferimentos".
Em nível diplomático, uma reunião de altos dirigentes da ONU, da União Europeia, da Liga Árabe, União Africana e da Organização da Conferência Islâmica insistiu sábado, no Cairo, na necessidade de "acelerar a abertura de um processo político que responda às aspirações legítimas do povo líbio".
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