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20/06/2011 - 11h30

Grécia tem até 3 de julho para aprovar novos cortes de gastos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Grécia tem até o dia 3 de julho para aprovar um plano de cortes de mais 28 bilhões de euros para receber a quinta parcela do pacote de ajuda financeira.

Os ministros de Finanças da zona do euro farão nesta data outra reunião extraordinária para analisar se a Grécia cumpriu com as condições exigidas para desbloquear os recursos.

A quinta parcela do pacote de ajuda à Grécia, que foi assinado em maio do ano passado, é de 12 bilhões de euros e estava programada para ser liberada em junho.

Diante do impasse na reunião de domingo (19) sobre o país, a liberação foi adiada para julho, condicionada ao cumprimento das exigências, entre elas o novo pacote de cortes que tem que ser aprovado no Parlamento.

Se não receber os recursos, o governo grego poderá declarar moratória em meados do mês que vem porque não terá como pagar as dívidas a vencer.

PACOTE

Até o fim deste mês, os países do euro esperam que o Parlamento da Grécia aprove a estratégia fiscal de médio prazo e o programa de privatizações propostos pelo governo.

Após essas decisões, a UE poderia aprovar em julho o quinto desembolso do programa de resgate financeiro da Grécia, declarou o comissário de Economia europeu, Olli Rehn, em entrevista coletiva ao final de uma reunião de ministros de Finanças de países do euro.

"Há agora uma enorme responsabilidade nos ombros do novo Governo grego, mas também nos líderes e parlamentares", afirmou o comissário.

Uma nova missão da chamada "troika" (a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional) estará em Atenas nesta terça e quarta-feira para analisar como o governo grego está cumprindo o acordo alcançado no início deste mês para iniciar novas reformas.

O objetivo desta nova missão é verificar se o Governo está aplicando o memorando estipulado com a "troika" no dia 3 de junho, e conhecer o texto que será enviado ao Parlamento de Atenas para votação "antes do fim de junho", explicou Rehn.

Em 3 de julho, serão tratados os detalhes de outro programa de assistência financeira à Grécia, de maior prazo, e as modalidades de contribuição dos credores privados ao mesmo. Esse novo pacote pode chegar a 120 bilhões de euros.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ressaltou que há um consenso sobre essa participação ser "estritamente voluntária".

"Voluntário não envolve imposição", afirmou Juncker, também primeiro-ministro de Luxemburgo, em um esforço para acalmar possíveis inquietações do BCE e os bancos privados, que seriam os principais contribuintes do setor privado no novo programa de assistência financeira.

VOTO DE CONFIANÇA

O governo grego não espera problemas para a liberação da parcela de 12 bilhões de euros do empréstimo, anunciou o ministério das Finanças.

"O ministro confia na aprovação do plano no Parlamento, onde a maioria socialista conta com 155 das 300 cadeiras, na votação prevista para 28 de junho", afirmou uma fonte do ministério, ao comentar os resultados da reunião dos ministros das Finanças da Eurozona em Luxemburgo.

O primeiro-ministro George Papandreou, que na semana passada reformou seu governo, pediu no domingo o voto de confiança do Parlamento, sobretudo de seu dividido partido socialista.

A votação está prevista para a noite de terça-feira.

 

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