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02/07/2011 - 10h11

Obama pede que congressistas tomem as decisões fiscais difíceis

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DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

O presidente Barack Obama afirmou neste sábado ter confiança que republicanos e democratas negociarão no Congresso, com concessões dos dois lados, para encontrar um modo de reduzir o deficit orçamentário americano.

"Eu estou confiante de que os democratas e os republicanos no Congresso podem encontrar a forma de ceder um pouco, tomar decisões difíceis e encontrar um equilíbrio para fazer isto pelo bem de nosso país", disse Obama em seu programa semanal de rádio.

De acordo com o presidente, o deficit pode ser cortado ao mesmo tempo que são feitos investimentos de todas as formas em educação, pesquisa e tecnologia, completou.

"Isto significa que teremos que tomar decisões duras e redimensionar programas valiosos. Nada pode ser deixado de fora, incluindo os impostos", disse, em uma referência particular às vantagens que favorecem alguns poucos indivíduos e empresas.

As declarações de Obama foram feitas depois que as negociações para elevar o limite da capacidade de endividamento americano fracassaram durante a semana.

A capacidade de endividamento dos Estados Unidos alcançou o teto de US$ 14,29 trilhões em maio, mas o governo disse que até 2 de agosto tem caixa para pagar as contas públicas e honrar com o pagamento da dívida.

RECESSO

O líder da maioria no Senado americano, o democrata Harry Reid, anunciou nesta quinta-feira que vai cancelar a semana de recesso das atividades dos senadores enquanto não for votado o aumento do limite da dívida dos Estados Unidos.

O recesso seria feito na semana de 4 de julho, feriado em que os EUA comemoram o Dia da Independência.

Na quarta-feira, o presidente Barack Obama advertiu que o Congresso americano precisa chegar a um acordo sobre o teto da dívida antes de 2 de agosto, data em que o governo não terá mais caixa para pagar a dívida a vencer. Após essa data, o país pode ser forçado a declarar moratória.

O teto da dívida americana, de US$ 14,3 trilhões, foi atingido em maio. Mas como a arrecadação do país aumentou mais que o previsto, o governo declarou que teria uma folga até 2 de agosto para que o novo limite legal seja aprovado no Congresso.

Obama advertiu na quarta que as consequências da moratória americana serão "significativas".

O presidente propôs também aumentar os impostos dos ricos e das companhias petrolíferas como parte do plano de corte do deficit público americano.

CALOTE

A agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) declarou à agência Reuters que irá rebaixar a nota de risco dos EUA para "selective default", ou seja, moratória, se o país deixar de pagar sua dívida, mesmo que por um período curto.

O Tesouro americano terá que pagar US$ 30 bilhões de dívidas que vencem em 4 de agosto.

A dívida dos EUA tem a melhor nota de crédito possível, no maior nível de grau de investimento "AAA".

Os títulos americanos são o principal investimento de países que só podem investir em papéis com a mais alta classificação. A China é um dos principais credores da dívida americana.

 

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