Allianz participa com 300 milhões de euros no resgate à Grécia

A companhia de seguros alemã Allianz, a maior da Europa, fornecerá 300 milhões de euros ao segundo resgate para a Grécia, anunciou seu presidente, Michael Dickmann.

Em declarações adiantadas neste domingo pela revista "Der Spiegel", Dickmann reconhece que a Europa não tem outra alternativa a não ser ajudar a Grécia a superar sua crise financeira e orçamentária.

"Decidir-se por um plano B representaria colocar um capuz e correr a 200 km/h por uma estrada", afirma o presidente da Allianz, que considera que uma insolvência da Grécia teria maiores consequências que a quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008.

Além disso, o país precisa de uma certa rede de segurança para os credores ou caso contrário nenhum investidor privado investirá seu capital na Grécia.

ALEMANHA

A edição da "Der Spiegel" deste domingo também trouxe a informação de que a Alemanha tomou medidas preventivas para uma eventual quebra da Grécia, como reconheceu o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble, em declarações à revista.

O chefe do Tesouro alemão também defende o acordo alcançado com as instituições financeiras privadas da Alemanha para sua participação no novo fundo de resgate para a Grécia.

"Trata-se naturalmente de um sucesso", comenta o ministro, ressaltando que "há dois meses ninguém achava seriamente que conseguiríamos alguma participação privada".

"A Europa deve estar disposta com mais força que até agora a apoiar a Grécia para gerar crescimento", acrescenta Schäuble, observando nesse objetivo "apreciável tarefas e oportunidades para a economia alemã".

Após a aprovação na noite deste sábado do novo pacote de resgate para a Grécia pelos ministros de Finanças da Eurozona, Schäuble fez um apelo às autoridades de Atenas para executar com diligência as medidas estipuladas, entre elas iniciar prontamente a política de privatizações.