Diretora-gerente do FMI lista desafios da economia mundial

A nova diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional, a francesa Christine Lagarde, disse nesta quarta-feira que a economia mundial enfrenta desafios diferentes nos países desenvolvidos e nos países emergentes.

Ela garantiu que o FMI está pronto para ajudar os dois grupos de países com essas dificuldades.

Lagarde apontou que os países desenvolvidos enfrentam a crise da dívida soberana, desde o Japão até os Estados Unidos. Citou que a situação é pior na zona do euro, especialmente a Grécia.

Nos países desenvolvidos, disse a diretora-gerente do FMI, existe o risco de superaquecimento da economia e da inflação.

"Nos países de baixa renda, o risco é da inflação importada [dos países emergentes de renda mais alta]", concluiu Lagarde.

A diretora citou, ainda, que a previsão de crescimento das economias avançadas este ano é de 2,5%. "Estas estão ficando para trás, dado seu estágio de desenvolvimento", afirmou.

A previsão de crescimento médio das economias emergentes, segundo Lagarde, é de 6,5%.

AUMENTO

Lagarde tomou posse na terça-feira na chefia do FMI com aumento de 11% em comparação com o salário de seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn. A instituição, contudo, vai exigir "os mais altos" padrões de conduta e ética.

Lagarde deve receber US$ 467.940 por ano a partir desta terça-feira, quando assumiu o cargo após a renúncia de Strauss-Kahn, acusado de crimes sexuais contra uma camareira do Hotel Sofitel, em Nova York. Ela ganhará ainda US$ 83.760 para cobrir despesas ligadas ao cargo.

O FMI divulgou nesta terça-feira os termos do contrato que assinou com a ex-ministra de Finanças francesa.