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Presidente do Chile diz que modelo de Chávez "não leva a lugar algum"
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DA EFE
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse nesta quinta-feira (7) que o modelo bolivariano liderado por Hugo Chávez na Venezuela e Raúl Castro em Cuba, e que é seguido por Nicarágua e "talvez Bolívia e Equador", não "leva a lugar algum".
Em uma entrevista à cadeia "Televisa", Piñera, que nesta quinta-feira iniciou uma visita de dois dias ao México, disse que na América Latina todos apreciam Simón Bolívar como um dos grandes libertadores e que sobre ele há duas visões na região.
"Há duas visões. Uma é a liderada por Chávez na Venezuela, Castro em Cuba e seguida de certa forma por Nicarágua e talvez Bolívia e Equador. Outra é a que compartilhamos México, Brasil, Colômbia, Peru e Chile."
"É legítimo que os países escolham seu próprio caminho, mas acho que uma dessas duas visões não leva a lugar algum", acrescentou.
Piñera assegurou que a outra visão, que é a que acredita "na democracia vital autêntica", com alternância no poder, liberdade de expressão plena, economia baseada na iniciativa e no entendimento das pessoas e um Estado que luta contra a desigualdade, "deu resultados no mundo inteiro".
O líder chileno disse que lamenta muito a recente doença de Hugo Chávez, a quem enviou sua "solidariedade e condolências, porque é uma doença que o afetou muito".
"Respeito a liberdade dos venezuelanos, dos cubanos e dos nicaraguenses de escolherem seu modelo, mas, no século XXI, é um erro crer que o modelo baseado em uma economia socialista em que o Estado é o principal motor. Enfim, todos temos o direito de nos equivocar", disse.
Piñera, que nesta sexta-feira se reunirá com o presidente mexicano, Felipe Calderón, participou nesta quinta-feira de uma cerimônia onde foram condecoradas autoridades culturais do México com a Ordem Bernardo O'Higgins, a mais alta honra que o Chile concede a estrangeiros.
Os distintos em grau de comendador foram a presidente do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes (Conaculta), Consuelo Sáizar, o diretor do Fundo de Cultura Econômica (FCE), Joaquín Díez-Canedo, e o reitor da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), José Narro.
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