Rebeldes do Al Shabab sequestram ministra no sul da Somália

A ministra da Mulher e Assuntos Familiares somali, Asha Osman Aqil, foi sequestrada nesta quinta-feira por membros do grupo extremista islâmico Al Shabab na cidade de Balad, no sul da Somália, informou a "Rádio Shabelle".

Segundo o site da rádio, que cita como fontes residentes da região e membros do Parlamento, Asha foi raptada quando viajava de ônibus com destino a Mogadício, 24 horas depois de ser nomeada ministra junto com outros 17 políticos pelo primeiro-ministro somali, Abdiweli Mohammed Ali.

Até o momento, Al Shabab, grupo terrorista que tenta derrubar o governo de transição para instaurar a lei islâmica e que controla o sul da Somália, não comentou nada sobre o sequestro.

A ONU (Organização das Nações Unidas) declarou na quarta-feira estado de crise de fome em duas regiões do sul da Somália, Bakool e Baixa Shabelle, algo inédito no país durante os últimos 20 anos.

Em todo o país, quase a metade da população somali, cerca 3,7 milhões de pessoas, está em uma situação de crise humanitária, dos quais 2,8 milhões residem no sul, indicam os dados divulgados pelas Nações Unidas.

Al Shabab, que há um ano proibiu as organizações e agências humanitárias de atuarem em seus domínios, pediu há duas semanas ajuda para as pessoas afetadas pela seca.

A Somália carece de um governo efetivo desde 1991, quando o ditador Siad Barre foi derrubado e o poder ficou nas mãos de grupos conhecidos como "senhores da guerra" e clãs locais, além de milícias islâmicas.