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04/08/2011 - 21h04

Venda de títulos da dívida espanhola não freia taxa de risco

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DA EFE

O bem-sucedido leilão de títulos da dívida pública realizado nesta quinta-feira pelo Tesouro Público da Espanha, com a venda de 3,3 bilhões de euros, não freou a escalada da taxa de risco, que ficou novamente à beira dos 400 pontos, enquanto o índice Ibex 35 da Bolsa de Madri caiu 3,89%, maior baixa do ano.

A taxa de risco da Espanha marcou um novo recorde -- o terceiro desta semana -- desde a criação do euro, ao fechar o dia aos 398,3 pontos básicos.

O leilão envolveu títulos avaliados em 3,3 bilhões de euros em bônus a três anos e três anos e meio, com juros respectivos de 4,90% e 5,05% e demanda duplamente maior que a oferta. O sucesso do leilão de títulos da dívida foi obtido graças à demanda total de 7,38 bilhões de euros, mais que o dobro da quantia vendida.

Segundo a vice-presidente econômica do governo espanhol, Elena Salgado, 60% dessa demanda proveio de investidores estrangeiros, o que, em sua opinião, demonstra um "ótimo sinal".

No entanto, o otimismo durou pouco e a cautela passou a predominar nos mercados, conforme as horas passavam e os analistas observavam a evolução da taxa de risco -- indicador conhecido como risco-país, que mede a diferença entre o juro da dívida espanhola e da alemã.

Na quarta-feira, a taxa de risco espanhola disparou os alarmes, ao situar-se em 385 pontos. Mas o pior estava por vir nesta quinta-feira, com os 398,3 pontos básicos do fechamento do pregão, enquanto todos os olhares buscavam um responsável pela situação no BCE (Banco Central Europeu).

O BCE reiniciou nesta quinta-feira a aquisição de dívida soberana da Irlanda e de Portugal, mas não comprou títulos da Itália e da Espanha, o que fez com que seus diferenciais em relação aos títulos da Alemanha alcançassem esses novos recordes. A taxa de risco da dívida italiana também bateu recorde, chegando a 388,9 pontos.

Segundo disse à Agência Efe a analista Nuria García, os investidores esperavam declarações contundentes do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, para frear os especuladores e, no entanto, testemunharam manifestações "ambíguas" sobre a vigência do programa de recompra de dívida dos países com problemas.

García lamentou que Trichet não fizesse especial menção à Itália e à Espanha e se centrasse na Irlanda e em Portugal, cujos títulos a dez anos foram beneficiados.

 

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