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Exército sírio lança forte ofensiva contra duas cidades rebeldes
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DA EFE
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Exército sírio lançou neste domingo uma dura ofensiva sobre as cidades rebeldes de Homs (centro) e Deir Ezzor (leste), que inclui o bombardeio com carros de combate sobre alguns bairros e a utilização de armamento pesado.
Vários grupos da oposição síria informaram que Deir Ezzor está sendo bombardeada, e colocaram na internet vídeos que mostram grandes nuvens de fumaça preta sobre a cidade e rajadas contínuas de disparos.
O Comitê de Coordenação Local (CCL), que comandam as manifestações contra o regime sírio, assinalou que o Exército já atacou os bairros de Muazafin, Qosur, Omal, Yura, Tob, Dahiye, Roshidye, Horiga e Hanamat, enquanto fortes explosões são ouvidas em diferentes partes da cidade.
Franco-atiradores se posicionaram nos telhados de vários prédios mais altos em Yura e na rua Wadi.
Testemunhas disseram a este grupo opositor que viram soldados desertar na área de Yura, que passaram a lutar contra as tropas do regime.
Além disso, assinalaram que o Exército e as forças de segurança rodearam a cidade totalmente e impedem que as pessoas saiam.
Já em Homs, ao menos oito pessoas, entre elas dois adolescentes, morreram neste domingo em um ataque do Exército, afirmou um porta-voz dos Comitês de Coordenação Local, Omar Edelbe.
O porta-voz explicou que as mortes ocorreram durante uma ofensiva lançada esta manhã contra Homs e acrescentou que o Exército bombardeou também vários povoados ao redor da cidade.
"Várias casas foram destruídas e a cidade está em um estado catastrófico, segundo testemunhas", disse Edelbe.
Além disso, as redes telefônicas móvel e fixa foram cortadas, assim como a eletricidade, segundo disseram moradores da cidade aos Comitês.
ONU
Os ataques deste domingo ocorrem horas após o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pedir por telefone ao ditador sírio Bashar al-Assad que ponha fim a sua campanha militar contra opositores.
"Em uma conversa por telefone com o presidente Assad, o secretário-geral manifestou sua forte preocupação e a da comunidade internacional com a crescente violência e com o número de mortos na Síria nos últimos dias", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.
Ban "transmitiu ao presidente sírio a clara mensagem enviada pelo Conselho de Segurança e pediu ao presidente que suspenda imediatamente o uso da força militar contra os civis", acrescentou.
Assad se defendeu novamente, argumentando que muitos agentes das forças de ordem foram assassinados nos protestos. Ban disse, por sua vez, que rejeita a violência contra civis e contra os policiais, indicou Nesirky.
"O presidente também mencionou as reformas anunciadas recentemente, e o secretário-geral ressaltou que para que estas medidas tenham credibilidade é preciso suspender imediatamente o uso da força e as prisões em massa", acrescentou.
Assad vinha se negando a atender aos pedidos de Ban, mas um comunicado do Conselho de Segurança da ONU divulgado esta semana aumentou a pressão sobre o líder sírio.
O Conselho de Segurança pediu ao secretário-geral da ONU um relatório sobre os acontecimentos na Síria e Ban prometeu tentar novamente entrar em contato com Assad.
Ao menos 2.038 pessoas, das quais 389 militares e agentes de segurança, morreram na Síria desde o início dos protestos em meados de março contra o regime de Assad, segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
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