Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/08/2011 - 10h00

China promete "linha dura antiterrorista" em Xinjiang

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O chefe do Partido Comunista da região de maioria muçulmana de Xinjiang, no extremo oeste da China, prometeu nesta segunda-feira aplicar uma "linha dura antiterrorista", após os novos distúrbios registrados no fim de julho e início de agosto.

"Para controlar firmemente a sobrevinda permanente de atos terroristas, devemos manter uma linha dura na repressão antiterrorista", afirmou Chunxian, o principal representante de Pequim em Xinjiang.

Na semana passada, a presença policial foi reforçada na cidade de Kashgar, no extremo oeste de Xinjiang, depois que ataques atribuídos aos uigures e a resposta das forças de segurança provocaram 21 mortes entre 30 de julho e 1º de agosto.

A China responsabilizou militantes islâmicos pelos ataques e o governo de Xinjiang anunciou uma repressão a atividades religiosas "ilegais" no início do mês do Ramadã, período de jejum dos muçulmanos.

A cidade de Kashgar fica no sul de Xinjiang e tem cerca de 600 mil habitantes, dos quais cerca de 80% são uigures, de acordo com o governo. A cidade é dividida em áreas uigures e han, e muitos dependem do turismo como fonte de renda.

Carlos Barria /Reuters
Policiais comem em mercado na área de Kashgar, na província de Xinjiang, palco de conflitos nos últimos dias
Policiais comem em mercado na área de Kashgar, na província de Xinjiang, palco de conflitos nos últimos dias

Xinjiang é abalada constantemente por fortes distúrbios entre os han (etnia majoritária na China) e os uigures (muçulmanos de língua turca).

Mais de oito milhões de uigures vivem em Xinjiang. Muitos denunciam há décadas a repressão cultural e religiosa a que são submetidos, assim como a grande imigração dos han.

A capital de Xinjiang, Urumqi, foi sacudida em julho de 2009 por uma série de enfrentamentos entre uigures e han que deixaram pelo menos 200 mortos e 1.700 feridos, segundo fontes oficiais, enquanto os exilados da minoria étnica afirmam que o número de mortes foi superior.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página