Ban Ki-moon e premiê do Japão vão trabalhar para reforçar segurança nuclear

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, acertaram nesta segunda-feira trabalhar para reforçar a segurança nuclear no âmbito internacional, em plena crise na central de energia atômica de Fukushima.

Ban, que chegou neste domingo ao Japão para uma visita oficial de três dias, se encontrou nesta segunda-feira em Tóquio com o chefe do governo japonês e expressou sua esperança de que o país participe da reunião que a ONU promoverá para discutir segurança nuclear em 22 de setembro em Nova York.

Kan transmitiu a Ban Ki-moon o compromisso de seu país em realizar contribuições para esse encontro em função da experiência com Fukushima, mas não especificou se ele próprio comparecerá ao encontro, informou a agência local "Kyodo".

O primeiro-ministro japonês é pressionado tanto dentro como fora de seu partido para que apresente sua demissão no final deste mês, quando termina o atual período de sessões parlamentares, por conta das críticas recebidas pela gestão da crise gerada após o grande terremoto de março.

Antes de se reunir com Kan, o secretário-geral da ONU visitou a província de Fukushima para manifestar seu apoio aos desabrigados pelo terremoto e tsunami de março e pela posterior crise nuclear, que obrigou mais de 80 mil famílias em um raio de 30 quilômetros da central a deixarem suas casas.

Além de visitar as vítimas, Ban manteve um encontro com o governador de Fukushima, Yuhei Sato, ao qual garantiu que "o mundo inteiro" apoia a população da região neste momento, informou a "Kyodo".

O terremoto de março danificou gravemente o sistema de refrigeração da central de energia atômica de Fukushima Daiichi, o que levou três de seus reatores a sofrerem uma fusão de seus núcleos.

Os operários da Tepco, empresa proprietária da central, trabalham dia e noite para tentar levar as unidades danificadas ao estado de "parada fria", abaixo dos 100 graus centígrados, o que se prevê que seja atingido em janeiro de 2012.