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Londres registra primeira morte em onda de violência
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A polícia de Londres informou que um homem baleado durante os distúrbios em Londres morreu no hospital nesta terça-feira. Ele é a primeira morte dos três dias de uma onda de violência que deixou prédios e carros queimados e lojas saqueadas na capital britânica e outras cidades.
Veja a galeria de fotos dos protestos em Londres
O homem de 26 anos foi baleado na noite de segunda-feira (8), em Croydon, subúrbio do sul de Londres, palco de cenas de violência e onde um quarteirão inteiro ficou em chamas, informou a polícia metropolitana.
Anthony Devlin/Associated Press | ||
Lojistas começam a limpar os estragos na Ealing High Street na terceira noite de violência em Londres |
A polícia disse ter recebido o chamado às 21h15 com relatos de que um homem ferido estava na Warrington Road, em Croydon.
"Duas outras pessoas, na faixa dos 20 anos, também estavam na cena. Eles foram presos por posse de bens roubados e levados a uma delegacia do sul de Londres", disse um porta-voz da polícia.
A polícia não deu mais detalhes e não disse se há chances do tiro ter sido disparado por um agente.
Centenas de manifestantes e policiais ficaram feridos desde que os protestos começaram, a maioria na capital, na noite de domingo (7).
Diante da extensão da violência, a polícia metropolitana já cogita usar balas de borracha e de plástico contra os manifestantes --munição que era reservada apenas para perseguição de suspeitos.
"Esta é uma tática que será usada pela polícia se for necessário", disse o vice-comissário Stephen Kavanagh aos repórteres.
Apesar de ser uma opção não letal à munição real, as balas de borracha podem ser fatais. O jornal "Daily Telegraph" lembra que 14 pessoas foram mortas com este tipo de munição em distúrbios na Irlanda do Norte.
Este tipo de munição foi aprovada para uso pela polícia inglesa e escocesa em 2001.
Kavanagh disse que a polícia está esperando mais desordem em massa na noite desta terça-feira.
Mais cedo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu restaurar a ordem no país e anunciou o aumento do número de policiais nas ruas de Londres, que passarão a 16.000, assim como uma reunião extraordinária do Parlamento na quinta-feira.
O chefe da polícia metropolitana de Londres "informou que em comparação com os 6.000 (oficiais) nas ruas na noite passada, serão 16.000 nas ruas esta noite", disse Cameron, que interrompeu as férias e retornou às pressas a Londres.
Cameron enfrenta uma grave crise provocada pelos distúrbios que começaram no fim de semana no bairro londrino de Tottenham e se espalhou a outras zonas da capital e a outras cidades.
"O povo não deve duvidar de que faremos tudo o que for necessário para restaurar a ordem nas ruas", declarou Cameron durante um breve discurso, no qual pediu ainda uma ação mais robusta da polícia.
PROTESTOS E SAQUES
A Polícia Metropolitana de Londres disse que os incidentes são imitações de atividades criminosas, que começaram após um protesto pela morte de Mark Duggan, 29. A vítima seria pai de quatro filhos e popular na comunidade em que vivia.
Os protestos sobre a morte de Duggan, que foi morto em circunstâncias ainda não esclarecidas na quinta-feira, foi pacífico inicialmente. Mas no sábado (6), cerca de 500 pessoas se reuniram em frente à polícia em Tottenham. Alguns manifestantes jogaram garrafas com gasolinas enquanto outros enfrentaram os policiais com tacos de beisebol.
Duggan foi morto após ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro. Os policiais não divulgaram detalhes do suposto tiroteio, em que um policial também foi ferido à bala, mas prometeram uma investigação.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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