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Polícia britânica defende atuação durante distúrbios
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DA EFE, EM LONDRES
O mal-estar aumenta na polícia britânica devido às críticas do governo sobre sua atuação nos distúrbios que afetaram o país de sábado a terça-feira da semana passada.
Mesmo assim, as autoridades policiais ressaltam suas conquistas, se defendem e dão continuidade às detenções, que já se aproximam de 2.000.
Em Londres, 1.414 pessoas foram detidas e 810 processadas, mas esse número ainda pode aumentar, de acordo com os comandantes policiais, para 3.000, já que as detenções continuam e a decisão das forças de segurança de publicar as imagens gravadas pelas câmeras de segurança durante os distúrbios está permitindo identificar mais envolvidos.
A tensão que se mantém há dias entre a classe política e a polícia aumentou neste domingo (14) com declarações polêmicas de ambos os lados.
Além disso, os comandantes policiais são céticos à decisão do primeiro-ministro de contratar como assessor o policial americano Bill Bratton, ex-chefe da polícia de Nova York, para que ajude na luta contra os responsáveis pelos distúrbios.
Divulgação - 9.ago.2011/Scotland Yard | ||
Montagem de fotos de suspeitos por saques durante distúrbios em Londres divulgadas pela Scotland Yard |
Em entrevista ao "The Sunday Telegraph", Cameron prometeu "tolerância zero" diante da violência nas ruas, a mesma política promovida há anos por Rudolph Giuliani em Nova York quando Bratton era chefe da polícia da cidade.
Cameron voltou a insinuar a lentidão das forças de segurança a mudar sua tática quando os protestos iniciados no sábado retrasado se transformaram em saques e atos de violência.
A ministra do Interior britânica, Theresa May, alimentou a polêmica ao ressaltar que o que se esperava da polícia diante dos distúrbios era linha-dura.
Além disso, ela declarou que o trabalho dos agentes só gerou resultados quando eles mudaram sua estratégia inicial
Enquanto o governo defendeu cortes orçamentários, o companheiro de Cameron no Partido Conservador, o prefeito de Londres, Boris Johnson, disse neste domingo estar "obsessivo" em aumentar a presença policial nas ruas, o que, segundo ele, foi o que tornou possível deter a onda de violência.
Cansada de tantas críticas, a Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) divulgou neste domingo dados sobre sua atuação nos últimos dias.
Esses números revelam a grande quantidade de detenções já praticadas, a investigação em mais de 800 locais que foram palco de distúrbios e mostram que uma equipe de 125 agentes está encarregada de assistir às mais de 20 mil horas de gravações das câmeras de segurança.
Muitas dessas imagens foram divulgadas para que a população possa ajudar na identificação dos participantes dos distúrbios, e chegou a ser criada uma conta no Twitter pela qual a Scotland Yard estimula os cidadãos a assistirem às gravações para que mais suspeitos sejam identificados.
Junto com os dados vieram as declarações. O principal responsável pela Scotland Yard voltou a defender a atuação policial e mostrar seu descontentamento pelas críticas segundo as quais os agentes atuaram timidamente diante dos distúrbios.
Ele já havia advertido no sábado que a ação da polícia continua e ressaltou que no final das investigações haverá mais de 3.000 pessoas processadas pelos distúrbios na capital.
Por sua vez, o presidente da Associação de Chefes da Polícia, Hugh Orde, afirmou que o Reino Unido não necessita de lições de um comando policial americano.
Já o chefe da Polícia de West Midlands (centro), Chris Sims, assegurou que não adotará slogans "vazios" como o de "tolerância zero" citado por Cameron.
Enquanto as divergências se mantêm, os tribunais continuam recolhendo depoimentos dos detidos, entre eles dos dois jovens, de 26 e 17 anos, já acusados formalmente pela morte de três muçulmanos em Birmingham na madrugada de quarta-feira passada (10).
Em Birmingham ocorreu na tarde deste domingo um ato em protesto por esses crimes que contou com a presença de milhares de moradores convocados por diversas associações, incluindo comunidades religiosas, para lembrar os três jovens assassinatos, e que se une a outras manifestações como a celebrada no bairro de Tottenham.
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