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Jejum de ativista anticorrupção impulsiona protestos na Índia
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DA REUTERS, EM NOVA DÉLI
Aumentaram nesta quarta-feira na Índia as manifestações em apoio a um ativista que, na prisão, faz greve de fome contra a corrupção. O abalado governo do primeiro-ministro Manmohan Singh parece incapaz de resolver o impasse.
O premiê disse que a greve de fome feita por Anna Hazare é "totalmente equivocada", no que foi repreendido por parlamentares aos gritos de "vergonha".
"É um alerta para todos nós caso não coloquemos nossa casa em ordem. O povo deste país está se tornando inquieto", disse Arun Jaitley, líder do partido oposicionista Bharatiya Janata.
O ativista de 74 anos jejuou nesta quarta-feira na prisão, diante da qual milhares de simpatizantes se aglomeraram. Detido na véspera por desrespeitar regras impostas ao seu protesto, ele foi liberado horas depois, mas recusou-se a deixar a cadeia até que seja autorizado a prosseguir publicamente com a greve de fome, em um parque da capital.
Hazare é um veterano ativista que usa sempre uma "kurta" (camisa) branca, uma touca branca e óculos semelhantes ao de Mahatma Gandhi, o herói nacional. Ele tem mobilizado milhões de pessoas em campanha por leis mais rígidas contra a corrupção.
Sajjad Hussain/France Presse | ||
Guru da ioga, Swami Baba Ramdev, ao centro, participa de protesto em apoio ao ativista político Anna Hazare |
No Estado de Assam (nordeste), milhares de agricultores, estudantes e advogados fizeram uma passeata. Em Mumbai, capital financeira do país, 500 pessoas portando a bandeira indiana e usando toucas como a de Gandhi gritavam "Eu sou Anna".
Em Hyderabad, um importante polo tecnológico, advogados boicotaram os tribunais, alunos faltaram às aulas, e centenas de pessoas foram às ruas. Em todo o Estado de Andhra Pradesh, reduto do Partido do Congresso (governo), milhares de pessoas aderiram a protestos pacíficos
Em seu discurso no Parlamento, Singh, com ar impassível, admitiu "que Anna Hazare possa estar inspirado por ideais elevados". "No entanto, o caminho que ele escolheu para impor um projeto de lei ao Parlamento é totalmente equivocado, e carregado de graves consequências para a nossa democracia parlamentar", disse.
"Não devemos criar um ambiente em que nosso progresso econômico seja sequestrado por dissidências internas", acrescentou.
Mais protestos estão programados para toda a Índia, inclusive com uma convocação de greve do funcionalismo público.
O Partido do Congresso realizou uma reunião de emergência para discutir a crise. Mas a ausência da sua dirigente Sonia Gandhi, devido a uma doença não especificada, parece ter enfraquecido ainda mais o processo decisório dentro do governo.
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